Um treinador identificado com o clube, capaz de administrar o conturbado ambiente interno e que privilegie os atletas das categorias de base. Para jogadores e diretoria do Paraná, este é o perfil do possível substituto do técnico Claudinei Oliveira, que anteontem acertou sua transferência para o rival Atlético.
A efetivação de Luciano Gusso, auxiliar técnico na passagem de Oliveira e atual interino, apesar de aprovada pelo elenco, foi praticamente descartada pelo presidente Rubens Bohlen. O mandatário também desconsiderou a pressa do Tricolor em acertar com o próximo comandante.
"O Luciano Gusso vai continuar interinamente, ele é funcionário do clube e sabe da função dele. Não estamos correndo atrás, vamos ter muita calma e serenidade para escolher um nome que venha de encontro aos interesses do Paraná", diz Bohlen.
Para o capitão da equipe, o meia Lúcio Flávio, apesar de contar com o comprometimento dos atletas, a tarefa do próximo técnico não será das mais fáceis. "É difícil você substituir nas mesmas condições de quem estava, mas se o Luciano [Gusso] permanecer, ou se chegar um novo profissional, com certeza encontrará um grupo focado em manter um bom trabalho", explica.
A saída de Oliveira, definida como "repentina" pela cúpula paranista, também foi recebida com muita surpresa pelos boleiros. Para o zagueiro Gustavo, apesar de se tratar de fato normal no futebol, a situação foi inesperada.
"Realmente pegou a todos nós de surpresa, a gente estava de folga no dia e ficou sabendo pelos meios de comunicação. Ele não comentou nada com a gente, mas por outro lado ficamos felizes por ele. A gente vem conversando, os mais experientes, e chegamos à conclusão de que o treinador que vier tem de chegar para somar, não adianta vir para prejudicar", afirma.
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