• Carregando...
José Carlos de Miranda foi presidente do Paraná entre 2004 e 2007 | Hdeseon Alves / Gazeta do Povo
José Carlos de Miranda foi presidente do Paraná entre 2004 e 2007| Foto: Hdeseon Alves / Gazeta do Povo

A disputa judicial entre o Paraná e José Carlos de Mi­­randa ganhou novo capítu­­lo. O ex-presidente havia recorri­­do da decisão proferida em maio do ano passado, que o condenou a pagar R$ 85.621,26 ao Tricolor. Na última terça-feira, o juiz Rogério de Assis, da 21.ª Vara Cível de Curitiba, confirmou a dívida.

"Foi uma surpresa desagradável. Mas vamos recorrer e tenho certeza de que em segunda instância a decisão será revertida", afirma Miranda, mandatário paranista em dois biênios, de 2004 a 2007.

Sérgio Luiz Fernandes, advogado do ex-dirigente, também avalia a sentença como improcedente. "É uma decisão singular. Respeitamos. Mas em nenhum momento o Miranda cometeu qualquer ilicitude".

O caso poderá ter ainda outros desdobramentos. De acordo com o juiz, "tendo em vista a existência de indícios de crime de apropriação indébita", a ação será remetida ao Ministério Público.

Miranda prossegue rebatendo as acusações referentes a supostas irregularidades na transferência do meia Thiago Neves – atualmente no Al-Hilal, da Arábia Saudita – por empréstimo ao japonês Vegalta Sendai, em 2006. Um "furo" de US$ 80 mil na transação cheia de idas e vindas do prata da casa tricolor ficou sem explicação.

Segundo o relato do juiz na ação, o ex-cartola confessou que havia "se apropriado de verbas oriundas da transferência de jogadores, e se comprometido em assembleia a repassar aos cofres do clube a importância de R$ 45.996,93, o que não ocorreu".

Rogério de Assis cita ain­­da dois trechos da carta que Miranda apresentou em reunião com o Conselho Deliberativo do Paraná, em fevereiro de 2008. Um deles diz o seguinte: "Eu não poderia ter recebido apoios financeiros para minha tentativa de segunda reeleição e nem para custear despesas que não encontrariam sustentáculos para segura contabilização".

Miranda nega ter reconhecido qualquer dívida. "Todas as testemunhas que foram ouvidas declaram que não houve confissão. Foi uma interpretação do juiz da minha carta. Disse apenas que reconhecia os erros da minha administração, que havia recebido ajuda de empresários".

Por fim, o ex-presidente reitera que todas as contas de sua gestão foram aprovadas pelo clube. "Apresentei os balanços e os Conselhos Fiscal e Deliberativo aprovaram".

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]