A excelente campanha do Londrina na Série B deste ano contrasta com o desempenho ruim do Paraná. Situação que não é fruto do acaso: com estabilidade dentro de campo, o Tubarão deixa uma série de lições para o Tricolor.
TABELA: Veja como está a classificação da Série B
Com 48 pontos e na 5.ª posição, o time do interior está na briga pelo acesso. Por outro lado, com 36 pontos e na 15.ª colocação, a equipe da capital se contenta em evitar o rebaixamento. Disparidade entre um clube que apostou na manutenção de uma base de longo prazo, contra outro que, a cada ano, monta e desmonta o próprio elenco em ritmo de alta rotatividade.
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A estabilidade londrinense começa pelo banco. Cláudio Tencati assumiu a equipe em abril de 2011, após a chegada da empresa de gestão esportiva SM Sports, do empresário Sérgio Malucelli.
No mesmo ano, o treinador comandou o time na conquista da Segunda Divisão do Paranaense. Três anos depois, o Tubarão foi campeão da elite estadual. Ainda em 2014, conquistou o acesso da Série D para a Série C. Em 2015, subiu para a Série B. Sempre com Tencati no comando.
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No mesmo período da “era Tencati”, o Paraná contratou 16 técnicos diferentes. Quem mais treinou o time desde 2011 foi Ricardinho. Foram 62 partidas, acumuladas em suas passagens em 2012 e 2014. Desde que caiu para a Série B, em 2007, o Tricolor já mudou 26 vezes de comando técnico.
Dentro de campo, os padrões opostos se mantêm. Líderes do atual elenco do Londrina, o zagueiro Sílvio e o volante Germano estão no clube desde a disputa da Série D de 2013. Neste período, o volante foi emprestado para o Coritiba, em 2014, mas no ano seguinte retornou para o interior.
Já do time que obteve o acesso para a Série C em 2014, estavam presentes também o lateral-direito Lucas Ramón e o atacante Bruno Batata. Por fim, a base do time que briga por uma vaga na elite este ano é a mesma que obteve o acesso para a Segundona no ano passado: com o zagueiro Luizão, lateral-esquerdo Paulinho, os meias Rafael Gava e Zé Rafael, dentre outros.
Enquanto isso, o Tricolor muda de elenco a cada ano. Contratado em 2013, o goleiro Marcos é o mais longevo. Do ano passado, por sua vez, permaneceram apenas os laterais Rafael Carioca e Fernandes, o zagueiro Zé Roberto, o volante Anderson Uchôa e o atacante Lúcio Flávio. Atletas que ficaram aquém das expectativas e estiveram longe de formar uma base sólida.
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