O Paraná aposta em 2017 em uma receita repetitiva, agora com novo protagonista. Mantendo o histórico de reformular agudamente o time a cada nova temporada, o Tricolor elegeu um novo mentor: Rodrigo Pastana.
Sem exageros, o fracasso ou sucesso do clube neste ano passa diretamente pelo conhecimento do novo diretor executivo, responsável pela formação do elenco (já são 15 reforços).
Ex-atleta de futsal, bacharel em Direito e filho do cartola Walter Sanches, fundador do Grêmio Barueri, Pastana acumula uma série de diplomas acadêmicos na área do esporte. E traz na bagagem uma coleção de acessos de divisão, assim como a fama de “explosivo” e “polêmico”.
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Leia a matéria completa“Conosco o Rodrigo não teve nenhum tipo de problema. Quando o contratei, verifiquei que teve problemas em outros clubes. Aqui, demonstrou temperamento forte, mas no final a razoabilidade sempre pesou nas suas atitudes”, descreve Horley Senna, presidente do Guarani, casa de Pastana em 2016.
Senna se refere a episódios no ABC, em 2015, e no Figueirense, entre 2013 e 2014. No clube de Natal, Pastana entrou em rota de colisão com a torcida, que estendeu faixas pedindo sua demissão no CT do clube. Também detonou publicamente ex-cartolas, sendo rebatido por uma nota oficial da agremiação.
Já no time catarinense, teve atrito com o experiente volante Marcos Assunção. O jogador atrelou sua saída conturbada do clube à má relação com Pastana. O dirigente também brigou com o vice-presidente Rodrigo Passoni, que alegou que Pastana tinha “excesso de poder”. Como resposta, o novo gestor paranista criticou Passoni, chamando-o publicamente, dentre outras coisas, de “rato” e “covarde”.
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Leia a matéria completaApós estágios no Atlético, São Paulo e Sporting Lisboa-POR, Pastana iniciou a carreira no clube do pai, o Grêmio Barueri, onde ficou por cinco anos.
Em seguida, passou por Cascavel (três meses), Goiás (três meses), São José-RS (três meses), Criciúma (um ano), Figueirense (um ano), Bahia (três meses), ABC (seis meses), Ceará (oito meses) e Guarani (oito meses).
No currículo, traz o acesso para a Série B, em 2007, e para a Série A, em 2008, pelo Barueri. No Criciúma, o acesso para a Série A, em 2012. No Figueira, o acesso para a elite nacional, em 2013. No ano passado, subiu com o Guarani para a Segundona.
“A torcida do Paraná pode confiar, porque ele será bem-sucedido”, prevê Horley Senna. “O Pastana tem uma história bonita de acessos no futebol, foi muito bem-sucedido no Guarani, pessoa íntegra e de caráter profissional. Não ficou porque não podíamos entrar em leilão. A chegada dele reverteu o descrédito do Guarani nos últimos anos”, completa.
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