O Paraná mudou nesta temporada a estratégia para a contratação de jogadores. Trocou o tradicional garimpo no interior paulista por centros menos valorizados, especialmente o Nordeste, região de origem de cinco reforços do Tricolor para 2014.
Completam o pacote de 15 contratações quatro boleiros de equipes do Sudeste, três do Norte, dois do Centro-Oeste e um do Sul. Resultado da política do "bom e barato" implantada pelo clube em parceria com a Amaral Sports, do empresário Marcos Amaral.
"É uma parceria mesmo. Todos os jogadores foram observados também pelo Paraná", diz Amaral, explicando que as 15 contratações carregam o selo da empresa, com oito olheiros espalhados pelo país, três deles no Nordeste.
"Não existe um motivo para explicar [as aquisições fora do eixo Rio-São Paulo], é tudo junto. Motivos financeiros, a qualidade, o nível de competição em que estavam jogando", explica Roque Júnior, diretor de futebol paranista. "A maioria deles já estava sendo observada antes mesmo de eu chegar, no final do ano", emendou o ex-zagueiro.
Apesar da predileção por mercados menos conhecidos, Amaral lembra que precisou vencer uma forte concorrência para fazer com que o "pacotão" desembarcasse na Vila Capanema. "O atacante Keno [ex-Águia de Marabá] teve 14 propostas, incluindo times de São Paulo, como Mogi Mirim e São Caetano, e do Rio de Janeiro, como Vasco e Botafogo", contou o empresário.
Outro exemplo é o lateral-direito Toty. Os olheiros de Amaral descobriram o jogador na partida em que o Sousa, da Paraíba, encarou o Coritiba na Copa do Brasil do ano passado. "O volante Elyeser, que estava no Guarani, veio por indicação do Giovani, ex-meia do Santos e do Barcelona", reforçou ele, valorizando o próprio passe. "Procuramos trabalhar com revelações, pois se errar, o erro é menor", fechou.
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