O Paraná já deu oportunidades a mais de um time inteiro de jogadores formados nas base ao longo da Série B do Brasileiro. No total, foram 13. No entanto, apesar dos elogios por parte da diretoria, o técnico Ricardinho faz uma ressalva.
Dos 13 atletas revelados pelo Tricolor em 2014, poucos realmente se firmaram no grupo principal. "Só ter número não adianta", afirma o treinador, talvez a maior cria do clube, revelado nos anos 90 e posteriormente campeão mundial com a seleção em 2002.
A Gazeta do Povo avalia a trajetória de cada um dos pratas da casa no decorrer da Segundona, e perspectivas futuras de valorização dos jogadores da base na Vila Capanema.
SUCESSO Alisson, 22 jogos (21 como titular), 1.949 minutos, 2 gols
O zagueiro Alisson foi o único atleta da base a se firmar como titular no Paraná esse ano. Lançado no clube ainda sob o comando de Claudinei Oliveira, deixou Anderson Rosa no banco e passou a atuar ao lado de Cleiton na zaga. No entanto, não deve mais atuar nesta temporada, após sofrer uma lesão.
As boas atuações renderam sondagens e propostas de agentes e outras equipes, todas rejeitadas pelo Tricolor. Com direitos divididos entre o Paraná e o empresário Miguel Calluf, tem grandes chances de sair no fim do ano. Para isso, basta aparecer uma proposta que agrade ao clube.
BARRADO Marcos Serrato, 19 jogos (16 como titular), 1.400 minutos, 1 gol
O volante Marcos Serrato era um dos destaques do Paraná sob o comando de Claudinei Oliveira. Titular absoluto, atuava em todas as posições do meio-campo tricolor, e era visto como a maior esperança de gerar recursos para os cofres do clube.
Com a chegada de Ricardinho, tudo mudou. Colocado de lado, Serrato mal figurava entre os reservas, até o jogo contra o Vasco, no qual voltou a ter chances.
AGUARDANDO A VEZ Carlinhos, 14 jogos (8 como titular), 635 minutos, 2 gols
O atacante Carlinhos é titular, mas ainda não conquistou a confiança do torcedor paranista. Na parada da Copa, entrou na Justiça para se desvincular do Tricolor, alegando salários atrasados. Voltou atrás, mas perdeu espaço, ficando afastado por um tempo.
QUASE LÁ Jean, 12 jogos (8 como titular), 809 minutos, 3 gols
O volante Jean subiu para o time principal no recesso da Copa, e ganhou seu espaço. Apesar do estigma de atleta violento, conseguiu mostrar qualidade. Atualmente, não é titular absoluto, mas figura com frequência nas partidas, seja iniciando os jogos ou entrando no seu decorrer.
APOSTA DO SEGUNDO TEMPO Leandro Vilela, 6 jogos (todos como reserva), 160 minutos, 1 gol
Outro volante, Leandro Vilela, teve menos oportunidades que Jean, mas entrou durante vários jogos do Paraná. Mostrou bom desempenho, chegando a marcar diante do Luverdense. Com Ricardinho, é aposta frequente na segunda etapa.
APROVEITANDO AS OPORTUNIDADES Yan, 2 jogos (1 como titular), 117 minutos
O lateral-esquerdo Yan começou da pior forma possível: contra o Ceará, marcou um gol contra que decretou o empate, no último minuto. Mas, com as saídas de Breno e Paulinho, recuperou seu espaço. Na reta final da Série B, deve ser o dono da posição.
O SUCESSORMurilo, 6 jogos (5 como titular), 548 minutos, 6 gols sofridos
Terceiro reserva no início da Segundona, Murilo ganhou a confiança do técnico Ricardinho na disputa. Substituiu o veterano Marcos bem quando precisou e é tido como o sucessor natural do ídolo tricolor das traves.
Não vingaram
Júlio César, 12 jogos (1 como titular), 401 minutos
O atacante Júlio César está no elenco principal há dois anos, tendo recebido várias chances do técnico Ricardinho, mas não agradou. Não deve permanecer para a próxima temporada.
Arthur, 12 jogos (5 como titular), 2 gols, 618 minutos
Outro nome que fracassou foi o de Arthur, que era tido como uma das maiores esperanças paranistas. Assim como Júlio César, deve ir para o futebol paulista em 2015.
Lucas Pará, 2 jogos, 37 minutos
O meia Lucas Pará chegou aos profissionais com moral, ganhando chances com Claudinei Oliveira. Mas não conseguiu convencer e, com a chegada de Ricardinho, acabou mandado de volta para as categorias de base.
Jociel Henrique, 1 jogo, 47 minutos
O goleiro Jociel Henrique chegou a entrar em campo no primeiro turno na ocasião, era o reserva imediato de Marcos. Mas sofreu uma lesão grave no joelho durante o recesso da Copa e ficou quatro meses longe. De volta aos treinamentos, o jovem perdeu espaço para Murilo.
João Antônio, 1 jogo, 41 minutos
O zagueiro João Antônio foi o atleta menos utilizado da turma da base, sendo reserva durante toda a temporada.
Rodrigo Mann, 6 jogos (5 como titular), 426 minutos
O lateral-direito Rodrigo Mann jogou como volante e até mesmo na esquerda, mas não conseguiu se firmar. O atleta acabou liberado com o fim do contrato se aproximando.
Veja como seria um time do Paraná formado só por jogadores das categorias de base.