São Caetano do Sul
Ostentando uma série de oito vitórias consecutivas, o Paraná volta a campo hoje, às 16h20, para enfrentar o São Caetano, fora de casa, pela oitava rodada da Série B. Mais do que a motivação de se aproximar da zona de classificação à elite com 11 pontos, o grupo está a dois do G4 , o Tricolor pode bater um recorde conquistado em 1997.
Naquele ano, o time conquistou uma série de dez triunfos seguidos, entre a fase final do Paranaense e o início do Brasileirão, e viu o nascimento do atual treinador Ricardinho como um dos maiores talentos revelados na Vila Capanema. É a melhor série de triunfos do clube.
Mais de 14 anos depois, o Tricolor, em processo inicial de montagem, vive uma fase diferente. A aposta em um elenco jovem tem rendido boas atuações ao clube na Série Prata do Estadual, competição em que o Paraná ainda não perdeu. A dificuldade, embora menor na competição local, tem servido para reforçar as estatísticas do grupo, que se divide na disputa de dois campeonatos.
Atacante do time penta, Caio Júnior destaca que a mística dos bons resultados seguidos motiva e dá confiança ao grupo, independentemente da competição. "Para um time jovem, como é o caso do elenco atual, a confiança encorpa. É importante para o Ricardinho, porque a sequência é o sonho de todo treinador", disse o técnico do Al Jazira, dos Emirados Árabes.
Caio lembra que, em 1997, o panorama não era favorável ao time da Vila. Com os salários atrasados, os jogadores chegaram a cogitar uma manifestação para tentar receber os vencimentos. "As vitórias aconteceram em momento de dúvida, porque a mídia já dava o campeonato como ganho para o Atlético", explicou.
Comandado por Rubens Minelli, o grupo reverteu a má fase após emendar a série de triunfos, conquistando o quinto Estadual antes de começar o Brasileirão em ótima forma e emendar mais quatro vitórias seguidas.
Para o ex-auxiliar técnico paranista e zagueiro na conquista do penta, Ageu Gonçalves, a série dá otimismo em um ano que prometia ser de dificuldades para o Tricolor, mas não credencia o grupo a possíveis comparações com o elenco de 97.
"Não dá pra comparar, mas está sendo muito bom. É importante que essa sequência seja mantida porque dá moral", argumentou. Conhecedor do elenco, Ageu defende que, para conquistar títulos, é necessário, primeiro, fortalecer a ideia de grupo. "Tem de se dedicar ao máximo e criar um bom ambiente no vestiário."
Dono da meta em 97, o ex-goleiro Régis comemora a fase do time que considera um dos melhores em que já jogou. "Foi simplesmente espetacular", lembrou, ao enumerar os companheiros de penta. "Você aprende que a vitória tem aquele gostinho que embala e fica difícil perder", explicou.
Todos os ex-atletas são unânimes ao destacar que não há como comparar a atual fase ao passado de conquistas dos anos 90. "Mesmo assim, há o que se comemorar", fechou Régis.
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