Com dificuldades financeiras, o Paraná deve ter orçamento reduzido para o próximo ano. A informação é do técnico Roberto Fernandes, divulgada nesta quinta-feira (3), em entrevista à Rádio Transamérica. “O que nós temos ouvido extraoficialmente é que para o início de temporada em 2017, o orçamento não deve ser o mesmo, deve ser para baixo. O Paraná passa por um momento de indefinição, até em relação à comissão técnica. Então acho vai haver um planejamento progressivo para ano todo”, revelou o treinador.
Mesmo prevendo elenco enxuto e de menor custo, o técnico afirmou o desejo de fazer parte de ‘”um projeto” paranista para o futuro. “Eu tenho interesse na permanência. Dentro da realidade financeira, o projeto tem de ser muito maior. Mas precisa de tempo”, explicou Fernandes.
TABELA: Confira a classificação da Série B
“Neste ano falaram que o Paraná investiu o dobro do que no ano passado na Série B e tinha obrigação de subir. Mas eu cito pelo menos seis clubes que têm o dobro do nosso orçamento nesta competição”, garantiu o técnico, que destacou a campanha irregular do Goiás, mesmo com uma das maiores folhas da Série B, para relativizar o insucesso tricolor no torneio.
Roberto Fernandes se considera um treinador “mais tático do que motivacional” e afirma que aprendeu muito depois de fazer estágios na Europa. “Eu tinha 34 anos na minha primeira passagem pelo Atlético e hoje tenho 45. Muita água passou embaixo da ponte. Estive duas vezes na Europa estudando, fazendo cursos, estágios e trocando ideias com treinadores”, disse.
Roberto Fernandes é o terceiro treinador do Tricolor na temporada. Ele assumiu o clube na 28ª rodada da Série B com a missão de livrar o time do rebaixamento para a Terceirona. Em seis jogos, conquistou duas vitórias e sofreu quatros derrotas.
“A tabela foi injusta comigo. Nos dois jogos que fizemos em casa, ganhamos por goleada e fizemos seis pontos”, explicou o comandante sobre os triunfos contra CRB e Bragantino na Vila Capanema. Restando cinco rodadas, o Paraná tem 39 pontos, nove acima da ZR e corre poucos riscos de queda.
“Eu respeito muito a hierarquia. Primeiro o clube tem que resolver se vai contratar mais alguém para trabalhar com o Hélcio [superintendente de futebol] para depois resolver a questão do técnico”, complementou.
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