S/A revela cifras de 59 atletas do Paraná

A Atletas Brasileiros S/A, empresa que tem o Paraná como sócio majoritário com 70% das ações, divulgou uma tabela que mostra dados contratuais e valores de mercado de 59 jogadores do elenco paranista.

No começo de março, o Tricolor fechou uma parceria com a sociedade anônima para entrar na bolsa de valores, adquiriu a maior parte das ações e disponibilizou os direitos econômicos dos atletas como capital da organização.

As principais informações disponibilizadas na tabela são a exposição das cláusulas de rescisão e dos valores definidos para a venda, além da porcentagem dos direitos que a Atletas Brasileiros S/A tem de cada um dos boleiros do clube.

Características específicas – posição, pé dominante, peso, altura e pontos fortes – também aparecem na página.

Segundo o diretor de relações com investidores da S/A, Alexandre Azambuja, todos os atletas que têm direitos econômicos ligados ao Paraná foram cedidos à empresa e aparecem no levantamento.

"Os mais experientes não têm esse vínculo com o clube, então não poderiam ser cedidos", fala Azambuja. Entre eles estão Lúcio Flávio, Reinaldo, Ricardo Conceição, Zé Luís, Anderson e Gabriel Marques.

Entretanto, os pratas da casa do Tricolor e outros atletas titulares deixaram de pertencer ao clube para se tornar capital da S/A. São os casos de Luís Carlos, Alex Alves, Neto, Borges, Carlinhos, Júlio César, Thiago Rodrigues, Henrique, Rubinho, Aymen, Dudu, Luisinho, Néverton e Paulo Renê.

Pelo levantamento publicado em destaque no site da Atletas Brasileiros, Rubinho é o mais valorizado. O valor de rescisão do meia está avaliado em R$ 50 milhões e seu preço de venda em R$ 7,5 milhões. Porém, a empresa só tem 20% dos direitos – o restante pertence a terceiros sem nome divulgado.

O lateral-esquerdo Hen­­rique é o segundo com o maior valor de multa rescisória: R$ 30 milhões.

Os dois jogadores destoam dos outros 57 da lista. Um dos destaques da equipe em 2013, o zagueiro Alex Alves, tem seu valor rescisório estipulado em R$ 6 milhões.

"A rescisão contratual é determinada com base no salário que o atleta recebe. O cálculo é feito multiplicando o salário por 2 mil para chegar ao valor", diz o diretor, usando como base as exigências do artigo 28 da Lei 9.615/98.

Para o gerente de futebol do Paraná, Alex Brasil, o clube não terá problemas de negociação com a abertura desses dados – algo normal em empresas de capital aberto. "São os valores dos contratos. Não tem por que esconder".