A diretoria do Paraná revelou a um grupo de torcedores que o clube corre o risco de perder mais um imóvel por causa da dívida com o empresário Léo Rabello, referente à venda do meia Thiago Neves, em dezembro de 2007.
Representados por integrantes da Paranautas, Paranálcool e por membros de outras comunidades tricolores na internet, o grupo de paranistas, que procurou a diretoria para abrir um canal de debate com a torcida e se pôr à disposição para ajudar o time, foi recebido no sábado pela cúpula tricolor. Durante quatro horas, o presidente Rubens Bohlen e o vice administrativo Giovani Linke expuseram o drama financeiro aos fãs.
Até mesmo valores de contas para a sobrevivência do clube foram revelados. Os representantes do Paraná afirmaram que a agremiação gasta cerca de R$100 mil mensais em água, luz, telefone e gás.
Em relação ao débito com Rabello, a cúpula paranista garante que R$ 3 milhões foram pagos ao empresário, de um total de R$ 10 milhões. A diretoria tem até o dia 19 de abril para quitar o valor restante, com a condição de o débito ir para execução, com o risco de perder mais um imóvel.
Segundo Bohlen, por causa da crise, jogadores com vencimentos mais altos estão sendo chamados para negociar redução salarial. Mudanças no elenco já ocorreram ontem, a equipe anunciou o desligamento dos zagueiros Júnior Lopes e Naylhor, além do atacante Paulo Roberto. Anderson Rosa, defensor que disputou o estadual pelo Rio Branco, já treina com o elenco. Bismarck e Ricardinho, também do Leão da Estradinha, devem chegar.
O diretor de futebol, Roque Júnior, viajou por São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina em busca de atletas que se encaixem na realidade financeira da equipe. "Buscamos uma folha modesta, para que o time possa subir. Tem que se adequar, estar dentro do que se pode pagar", afirmou o pentacampeão.
Nota da Redação: em contato com a editoria de Esportes, a Paranautas, citada na reportagem como fonte, solicitou um esclarecimento. Segundo o grupo, o intuito do encontro com a diretoria, solicitado pelo grupo de torcedores e aceito pelo presidente Rubens Bohlen e superintendente Giovani Linke, era, primeiramente, abrir um canal de comunicação entre torcida e diretoria. A iniciativa da conversa era ajudar o Paraná Clube, não expor a dificuldade financeira do clube.
Colaborou: Julio Filho
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