Nedo Xavier reencontra Paraná, agora comandado por Fernando Diniz| Foto: /

O confronto entre Paraná e Boa Esporte na noite desta terça-feira (1.º), às 20h30, em Varginha, marca o encontro de Fernando Diniz, comandante paranista, com Nedo Xavier, seu antecessor na Vila Capanema e que agora dirige o time mineiro na Série B.

CARREGANDO :)

As passagens dos treinadores pelo Tricolor revelam perfis opostos. As disparidades vão da postura à beira de campo, passam pela forma de organizar o time, filosofia de jogo e chegam à maneira de cobrar os jogadores. Os resultados dentro de campo até o momento, porém, são similares.

INFOGRÁFICO: Compare os Paranás de Nedo Xavier e de Fernando Diniz

Publicidade

Nas onze partidas em que esteve à frente do time, o experiente Nedo, 62 anos, representou a “velha guarda” futebolística da Segundona. Estilo paizão no dia a dia; prioridade para o setor defensivo, sempre escalando três volantes; lançamentos longos; e aposta no talento individual e na velocidade dos atacantes para resolver no setor ofensivo.

A receita não deu certo. Nedo deixou o Tricolor após três vitórias, três empates e cinco derrotas, aproveitamento de 36,3%. A equipe estava na 15.ª colocação, com 12 pontos, um à frente do próprio Boa, então primeira equipe na zona de rebaixamento. Foram dez gols a favor e treze sofridos.

A chegada de Diniz, na 12.ª rodada, desencadeou uma revolução no elenco. Em pouco tempo, o jovem técnico impôs sua filosofia de jogo, baseada na ostensiva troca de passes. A média de posse de bola, que era de 48% na era Nedo, saltou para 57% com Diniz. Rapidamente, o time também foi reformulado.

CLASSIFICAÇÃO: Veja como está o Paraná na tabela da Série B

Publicidade

O lateral-direito Danilo Baia, o meia Marcos Paraná e o atacante Wanderson, até então peças importantes, deixaram o clube. Chegaram homens de confiança do novo comandante, como o goleiro Felipe Alves, o meia Danielzinho e o atacante Carlão. Outros jogadores, como o lateral-esquerdo Fernandes e o meia Rafael Costa, foram reposicionados para a função de volantes, onde passaram a render mais.

Diniz gosta de treinamentos puxados, que chegam a durar quatro horas, e tem uma maneira enérgica de cobrar os jogadores no dia a dia e, especialmente, durante as partidas. “Um estudioso”, definem os comandados.

Apesar da fórmula mais moderna, o desempenho de Diniz se assemelha ao de Nedo. São dez jogos, quatro vitórias, dois empates e quatro derrotas, aproveitamento de 46,6%. Quatorze gols a favor, doze sofridos. O time está a apenas três pontos da zona de descenso.

Um revés diante do antigo comandante atira o Tricolor novamente na luta direta contra o rebaixamento para a Série C.

Publicidade
<p> </p>