“Vamos buscar outras alternativas”. A frase dita pelo auxiliar técnico Fernando Miguel após a derrota do Paraná por 2 a 1 para o Bragantino, nesta terça-feira (12), em Bragança Paulista, abre um leque de possibilidades de mudanças no Tricolor. Resta saber se haverá nova mudança nas peças ou no desenho tático do time durante o jogo.
Na sexta-feira, contra o Sampaio Corrêa, na Vila Capanema, o time já deve apresentar algo novo. A primeira possibilidade é a entrada do recém-contratado Uchôa, volante/meia cujo nome saiu no BID da CBF nesta segunda-feira (11). Embora nem tenha sido apresentado, o jogador chega com a responsabilidade de cobrir a lacuna deixada por Washington no meio de campo, perda técnica e de liderança destacada por Miguel na entrevista. A presença do jogador – negociado com o Nacional da Ilha da Madeira, de Portugal, no mês passado –, dava tranquilidade e cadência ao time na condução das jogadas. Outras mudanças não estão descartadas.
Os resultados não estão aparecendo e claro que ficar lá embaixo da tabela nos incomoda. No próximo jogo temos que dar a resposta para nós mesmos, pois ficar lá embaixo ninguém quer.
Essa sonolência, de ter a bola durante maior parte do jogo e nitidamente não saber o que fazer com ela, irritou e preocupou a comissão técnica. A sequência de três tropeços – empate em casa contra o CRB, sem gols, e derrotas para América-MG e Bragantino – teve a morosidade do time nos primeiros 45 minutos como marca.
Miguel chegou a citar a discrepância entre a postura do time contra o Náutico, pela 15ª rodada, e a demonstrada nos últimos três jogos. Naquele confronto, o Paraná foi para cima do Timbu e, aos 18 minutos, já vencia por 2 a 0. Aí ficou mais fácil administrar o resultado. “Contra CRB, América-MG e Bragantino isso não aconteceu”, lamentou.
Para o lateral Fernandes, sair em desvantagem no placar provoca uma correria na equipe, aumenta a pressão pelo resultado e o desgaste da equipe. “No início nosso time tem sido um caos. Mais uma vez entramos em campo sonolentos e sofremos o gol”, concordou com o auxiliar, que comandou o time em Bragança Paulista por causa da suspensão do técnico Fernando Diniz, expulso na rodada anterior.
Apesar do ritmo lento repetido diante do Massa Bruta, o treinador minimiza a culpa dos jogadores. “Não acho que haja corpo mole. Creio que estão se dedicando, mas o conjunto não está funcionando”, lamentou.
O auxiliar e os jogadores garantem que não é por falta de treino que o time se mostra apático nos primeiros minutos. “Acredito muito em trabalho e isso não tem faltado. É muito repetitivo e os jogadores sabem de cor. Vamos trabalhar ainda mais para que os erros que nos levaram a esses revezes não venham a acontecer”.
Para o goleiro Marcos os jogadores se comprometem a se dedicar ainda mais para não ver o risco do rebaixamento crescer – o time está uma posição acima da ZR. “Os resultados não estão aparecendo e claro que ficar lá embaixo da tabela nos incomoda. Estamos trabalhando forte e acredito que a qualquer momento os resultados vão aparecer. No próximo jogo temos que dar a resposta para nós mesmos, pois ficar lá embaixo ninguém quer.”