Um garoto tímido que chutava tudo que via pela frente durante a infância, em Foz do Iguaçu, é uma das principais armas para o Paraná tentar sua classificação às quartas de final da Primeira Liga.
TABELA: confira a classificação da Primeira Liga
Para a vaga ser confirmada, no entanto, é imprescindível derrotar o Figueirense nesta quinta-feira (2), às 19h15, na Vila Capanema. Qualquer outro resultado adia a decisão do segundo colocado do grupo D – o Londrina garantiu a liderança com três triunfos – para o dia 22 de março, quando o Figueira recebe o já eliminado Avaí.
FICHA TÉCNICA: Veja as prováveis escalações de Paraná e Figueirense
“Desde os três anos de idade ele chutava tudo o que achava, o que via pela frente. Não tinha nem unha no dedão”, relembra a chef de cozinha Fátima Vieira, 47 anos, mãe do meia Renatinho, xodó da torcida paranista neste início de temporada, chamado de R10 da Vila.
“Gostei demais do apelido, mas sempre conversamos com ele para ir devagar, nada de subir à cabeça”, diz o encarregado de obras Valter Rodrigues, 47, pai do artilheiro paranista em 2017.
Foram quatro gols em sete jogos, números que demonstram a a importância de Renatinho para o time do técnico Wagner Lopes. A classificação para a segunda fase da Copa do Brasil, contra o Bahia, por exemplo, veio com um gol do camisa 10 nos acréscimos da partida contra o São Bento-SP.
Bom momento que ele prefere dividir com a equipe toda. “Não costumo falar de mim, mas sim da nossa equipe. A preparação foi muito boa, então está surtindo efeito para os companheiros, não só para mim. Estou sendo beneficiado com alguns gols, isso é qualidade do grupo”, fala o jogador revelado pelo rival Atlético, clube que defendeu até 2013, quando fez parte do time vice-campeão estadual.
Pouco aproveitado no CT do Caju após o fim da equipe sub-23, foi emprestado à Ferroviária-SP. Depois, jogou o Paranaense de 2015 pelo Foz, antes de também vestir as camisas de Campinense-PB e Operário.
No ano passado, sua sorte começou a mudar. Pelo Mirassol, marcou quatro gols e deu três assistências na campanha do acesso à elite paulista. Emprestado ao Guarani no segundo semestre, ainda ajudou o Bugre a conseguir uma vaga na Série B.
Mais experiente após rodar por vários clubes, o jogador se tornou peça-chave no Paraná. Seu contrato vai apenas até o fim do Paranaense, mas a diretoria quer manter o jogador. E se depender do pai do R10 da Vila, a tendência é de melhora.
“O que ele mostrou até agora é o que gente sabe que ele joga. Sempre foi bom na bola parada. Vai ser disso para mais, vai crescer”, aposta Vagner.
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