O atacante Diogo de Freitas, 19 anos, filho do ídolo do Paraná, o ex-atacante Saulo de Freitas, foi dispensado do clube. A rescisão do contrato do atleta foi publicada no Boletim Informativo Diário (BID), órgão da CBF que regulariza a inscrição de jogadores, na tarde de quinta-feira (16).
Considerado uma das promessas da base paranista, Diogo, entretanto, nem sequer chegou a estrear no time profissional. A dispensa não foi bem digerida por Saulo, que é o maior artilheiro da história do Tricolor, com 104 gols, e ficou conhecido entre os torcedores como Tigre da Vila.
“Não sabemos nem explicar o porquê da dispensa, porque ele nem sequer teve uma oportunidade. Talvez o dia em que o Paraná acabar com a ciumeira que há dentro do clube ele volte a conquistar seu espaço no futebol brasileiro”, diz Saulo, que aproveitou para criticar a forma como o grupo Paranistas do Bem assumiu o clube, após exigir a saída do então presidente Rubens Bohlen, em março deste ano.
“Torço muito para o Paraná conquistar o acesso e conseguir novamente jogar com grandes equipes. Mas, da maneira como foi substituído o presidente, com pessoas incompetentes entrando, não vejo futuro”, argumenta o ex-artilheiro.
Em 2013, Diogo chegou a realizar treinamentos com a equipe profissional como parte de um projeto de adaptação. Em 2015, acabou cortado da Copa São Paulo de Futebol Júnior por causa de uma lesão muscular na coxa direita e permaneceu treinando entre os profissionais, mas acabou afastado do grupo, até ser dispensado.
“O problema do Paraná é que contratam jogadores que nem sequer são utilizados em outros clubes e chegam aqui com status de ídolos. Quem pode valorizar um atleta é somente o torcedor. O jogador tem de provar sua capacidade em campo e não depender dos elogios de quem o contrata”, complementa o Tigre.
De acordo com o gerente de futebol do Paraná, Mathias Lamers, a saída de Diogo do clube já vinha sendo encaminhada pela diretoria anterior e, por isso, não sabe explicar as razões. “Quando assumi a gerência de futebol, o Diogo já não estava mais no grupo profissional”, resume Lamers.
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