Torcedor morre atingido por vaso sanitário após jogo entre Paraná e Santa Cruz

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Um torcedor do Sport foi morto na noite de sexta feira, após a partida entre Santa Cruz e Paraná, no Estádio do Arruda, no Recife. Cerca de 20 minutos depois que o jogo foi encerrado, Paulo Gomes Ricardo da Silva, de 26 anos, estava do lado de fora da praça esportiva, quando foi atingido por um vaso sanitário. Ele não resistiu aos ferimentos graves e morreu na hora.

Uma briga entre torcidas organizadas teria motivado o crime. O objeto foi arrancado de um dos banheiros do estádio e arremessado do anel superior do Arruda por um torcedor do Santa Cruz. Segundo informações da Polícia Militar de Pernambuco, foram atirados dois vasos na confusão. As autoridades vão solicitar as imagens das câmeras de segurança do local para tentar identificar o responsável pela morte.

Paulo era integrante da Torcida Jovem do Sport, organizada que é aliada da Fúria Independente, uniformizada do Paraná. Ele acompanhou nas arquibancadas o empate por 1 a 1 ao lado dos tricolores.

Investigação prejudicada

Ao Diário de Pernambuco, a delegada Gleide Ângelo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), admitiu que a identificação da pessoa que arremessou o vaso sanitário será complicada, por não haver câmeras de segurança no Arruda: "É difícil identificar a pessoa que fez isso nas condições apresentadas", relatou a delegada titular. Ainda segundo Gleide Ângelo, a família da vítima soube do ocorrido no começo da madrugada deste sábado, por volta de 1h.

Histórico

Esta não é o primeiro registro de violência envolvendo as torcidas pernambucanas e paranaenses. Em 2012, integrantes da Torcida Jovem do Sport, que estavam em Curitiba por conta do confronto entre o Paraná e o Leão, realizavam uma festa de confraternização com integrantes da Fúria Independente. Um carro passou atirando na direção da sede paranista e Diego Henrique Gonciero, de 16 anos, foi morto.

Três pessoas, entre elas dois ex-presidentes da torcida organizada Os Fanáticos, do Atlético, foram presas no mês passado, suspeitas de participação no crime. Gilson da Silva Teles, Fabio Marques e Juliano Rodrigues foram presos por equipes da Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe). Rodrigues está em prisão domiciliar por ser advogado, enquanto os outros dois estão detidos no 3º distrito da capital.