Após mais uma jogada com desfecho ruim, o atacante Carlinhos se revolta: atuação apagada e muitas vaias da arquibancada na Vila Capanema| Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo

O jogo

Num gramado ruim e encharcado, o Paraná saiu na frente com Reinaldo antes do primeiro minuto. O Tricolor passou a dar espaço e sofreu o empate com Getterson. Na etapa final, mesmo com um a mais, o anfitrião não conseguiu a vitória.

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Uma partida sem inspiração do Paraná, ontem, na Vila Capanema, aflorou a insatisfação da torcida com a equipe. Indignados, os paranistas – cerca de 1,4 mil desafiaram a chuva em Curitiba – reagiram ao empate por 1 a 1 com vaias, muitas cobranças e gritos de "time medíocre".

O protesto, inclusive, descambou para a violência, quando um grupo de torcedores invadiu a cabine do canal Premiere FC para tirar satisfação com os profissionais que faziam a transmissão da partida. Foram retirados por segurança do clube antes que a situação se complicasse.

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Revolta que deu a tônica do confronto. O clima já estava tenso no fim do primeiro tempo, quando o placar final foi construído com Reinaldo marcando para o Tricolor e Getterson empatando. Torcedores se aproximaram do portão para cobrar o elenco na saída para o vestiário. Não satisfeita, a ala bateu boca com seguranças e membros da comissão técnica.

Este foi o segundo empate com o Toledo no campeonato. O primeiro, um 0 a 0 fora de casa no 1º turno, provocou cobranças diretas da diretoria paranista sobre o elenco.

Um dos líderes do time, o volante Zé Luís desabafou, lembrando os problemas financeiros do clube. "Todos sabem que estamos sempre jogando com dois ou três meses de salários atrasados. Não quero ficar expondo isso. O fato é que não jogamos bem hoje [ontem]", afirmou.

Críticas amenizadas pelo capitão do time, Lúcio Flávio. O veterano preferiu relacionar o empate à situação do gramado, castigado pelo uso errado de um herbicida por parte da empresa contratada pelo clube para cuidar do campo e pela chuva constante que caiu ontem em Curitiba. "Nós estávamos com uma formação mais técnica e as chuvas deixaram o gramado pesado, prejudicando o nosso jogo. Claro que também tivemos dificuldades para ser mais incisivos. Acabamos tocando muito de lado quando estávamos com um a mais", disse Lúcio Flávio, em referência à expulsão de Eurico (24/2.º).

Já o técnico Toninho Cecílio saiu em defesa do grupo. "Estamos jogando sempre no limite. Não podemos tirar os méritos do Toledo pela boa marcação", afirmou ele, que também chegou a ser xingado por torcedores durante os acréscimos do jogo.

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