Wesley vibra ao marcar o gol da virada contra o Paraná. Time da casa sofreu para superar o arrumado time de Dado Cavalcanti| Foto: Alex Silva/ Estadão

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"Erramos de forma até acintosa", lamenta Dado

O Paraná enfrentou o Palmeiras ontem, em São Paulo, da maneira que deveria. Pelo menos na opinião do treinador, Dado Cavalcanti, o revés por 2 a 1 foi decorrente principalmente de erros específicos, não relacionados com a estratégia defensiva adotada no Pacaembu.

"Nos vídeos antes da partida avisamos à equipe que não se poderia errar nesse tipo de jogo. Esses erros custam mais caro. E foi o que aconteceu. Erramos de forma até acintosa", justificou o treinador, que citou a perda de posse de bola no meio de campo que gerou o segundo gol palmeirense.

A equipe paranista conseguiu marcar muito bem no primeiro tempo, mas não repetiu a fórmula na segunda etapa, quando acabou recuando demais. "A proposta era essa. Esperar um pouco mais. Faltou força para sairmos ao ataque. Não tivemos a possibilidade do contra-ataque", completou o comandante.

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O gostinho de Série A foi amargo para o Paraná. Ontem, em uma prévia do que Tricolor espera vivenciar na próxima temporada, derrota de virada para o Palmeiras, por 2 a 1, no Pacaembu. Invicto como mandante, o time mais rico do campeonato acabou com a série de nove jogos sem perder dos comandados de Dado Cavalcanti.

Menos mal que os resultados da rodada mantiveram os tricolores no limite do G4, com 23 pontos – porém em uma disputa cada vez mais embolada, apenas dois à frente do 8º colocado.

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Após construir uma sequência de cinco vitórias e quatro empates, o Paraná jogou acuado em ambiente que pouco frequenta desde 2007, ano em que caiu para a Série B.

Saiu na frente com um gol contra de Charles (14/1º), mas não resistiu à pressão de um adversário em boa fase, que lidera com folga a competição (34 pontos), não perde há nove confrontos e era empurrado por 29 mil torcedores.

A última derrota paranista havia sido há 68 dias, diante do Paysandu, pela quarta rodada. "Dois lances, duas bobeiras e tomamos a virada", resumiu o volante Cambará, titular no lugar do lesionado Edson Sitta.

"Você vem para um jogo desse sabendo do poderio de ataque do adversário, consequentemente precisa ter atenção o jogo todo. Foram duas desatenções...", explicou Lú cio Flávio.

No primeiro tempo, o Tricolor cumpriu à risca do desenho tático projetado por Cavalcanti. A marcação forte em todos os setores impediu o Palmeiras de jogar. Presenteado com o gol, a estratégia se reforçou.

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Até os meias mais avançados, como Rubinho e Léo, fechavam os lados do campo e dificultavam a sequência de jogadas dos donos da casa, que tiveram apenas uma finalização certa até o intervalo.

O panorama mudou no segundo tempo. Muito atrás, o Paraná não resistiu à pressão do Palmeiras. O empate veio com Juninho (14/2º) e a virada com Wesley (26/2º). Em ambos os lances, o goleiro Luís Carlos espalmou na pequena área, dando a chance para o rebote.

"Recuamos muito de novo. Eles tocaram bem a bola e criaram chances. Na hora que tiveram as oportunidades claras, fizeram os gols", lamentou o meia Rubinho.

Quando se viu atrás no placar, o Paraná não teve força ofensiva, nem saída de bola para tentar o empate. "Faltavam mais 45 minutos e o jogo era difícil. Temos de tirar de lição que quando fazemos o gol, temos de continuar jogando, não só ficar se defendendo", fechou o zagueiro Anderson.

Na terça-feira, às 19h30, o Tricolor tenta a recuperação contra o Boa Esporte, na Vila Capanema.

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