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A Atletas Brasileiros S/A, empresa da qual o Paraná tornou-se sócio com 70% das ações, pretende captar R$ 5 milhões em sua estreia na Bolsa de Valores de São Paulo. O valor corresponde à previsão do custo dos 10% do total das ações da empresa (estimada em R$ 50 milhões) – o valor alvo unitário sai por R$ 2,40, segundo o atual presidente da companhia, o empresário Alexandre Azambuja, conhecido por lançar várias empresas de porte médio e pequeno no mercado de ações – o Tricolor indicará a maior parte de uma nova diretoria.

A data esperada para que possa começar a vender é até o fim de abril, porém, a empresa precisa cumprir alguns ritos, como divulgar o prospecto, documento que indica as diretrizes e próximas medidas do grupo. "Acredito que teremos bons resultados, pois confiamos na diretoria do Paraná que está saneando o clube. Há alguns anos estavam tendo déficits e no último balanço divulgado [referente a 2011] já havia superávit. Confiamos na capacidade do clube de fazer muito com poucos recursos", afirmou Azambuja.

O negócio envolve a conversão dos direitos econômicos que o Paraná possui em capital da empresa. A procura pelo papel, o desempenho do clube dentro e fora dos campos e o resultado de atletas ligados ao Tricolor atuando em outros clubes são fatores que podem fazer oscilar os valores das ações. "Nós seremos o braço do Paraná Clube no mercado de capitais, sem envolver o patrimônio. Nosso primeiro objetivo é fazer subir de divisão, pois o ganho é para todos", disse Azambuja.

Por outro lado, há quem acredite que os ganhos, caso venham, não sejam imediatos. "Acho bastante arriscado, é um mercado volátil. Se o Paraná ganhar com isso, não será imediato, pois o futebol é cheio de surpresas, e um jogador pode demorar anos para dar resultados", analisou o gestor de investimentos da Inva Capital, pequeno banco que se denomina "boutique de investimentos", Luiz Augusto Pacheco.

O gestor de investimentos considera que a Atletas Bra­­sileiros S.A. não pode ser o úni­­co investimento dos interessados. "Pela instabilidade do futebol, a empresa não distribuirá dividendos [parcela dos lucros] com regularidade", explicou Pacheco.

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