Declarações
"Nós vamos continuar trabalhando, apesar de todas as dificuldades, apesar de todos os problemas que mais de 90% do grupo têm passado. Temos esse período para que a diretoria corra atrás."
"De hoje até a próxima terça, quando nós enfrentaremos o Icasa aqui na Vila Capanema, não tocamos mais no assunto financeiro. Mas a partir da quarta, se não tivermos nada resolvido, nós vamos parar, porque já passou do limite, são mais de cem dias de atraso."
"Todos temos compromissos a honrar, nossas dificuldades, responsabilidades como cidadãos, como pais de família. Esperávamos ter pelo menos aqui alguém da diretoria para nos passar alguma situação de ordem financeira, o que não ocorreu."
"Tivemos [contra o Vila Nova] uma resposta muito boa do torcedor em relação ao que escrevemos na carta, de ter no mínimo o dobro, e foi o que aconteceu. Um público maior de 7 mil pessoas, mas sabemos que a nossa dificuldade, a nossa luta aqui é muito maior."
Tricolores
Defesa
O zagueiro Alisson foi poupado dos treinos de ontem, na Vila Olímpica do Boqueirão. O jogador sofreu uma queda após dividida no jogo contra o Vila Nova, no sábado, mas não preocupa a comissão técnica para a partida contra o Atlético-GO, sexta-feira.
Ataque
Para o lugar de Giancarlo, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Arthur é o favorito no ataque.
Liberado
O atacante Adaílton, de 23 anos, teve o seu registro regularizado na CBF. O jogador é o 38º reforço do Tricolor na temporada. Ele estava no vitória e tem passagens por Atlético, Ituano, Joinville e Ponte Preta.
A paciência acabou. Os jogadores do Paraná definiram a próxima terça-feira, dia em que a equipe enfrenta o Icasa, pela 17.ª rodada da Série B, na Vila Capanema, como data final para o clube dar uma resposta sobre o crônico problema de atrasos salariais. Caso isso não ocorra, o elenco promete fazer uma paralisação a partir do dia seguinte.
A medida foi anunciada na manhã de ontem, em pronunciamento do capitão Lúcio Flávio após o treino na Vila Olímpica. Ele falou em nome dos jogadores e dos membros da comissão técnica, que também estavam presentes.
"A partir de quarta-feira (dia 20), se não tivermos nada resolvido, vamos parar, porque já passou do limite. São mais de cem dias de atraso de salários e chega um momento em que não estamos mais aguentando. Todos temos compromissos a honrar, como cidadãos, como pais de família. Esperávamos ter alguém da diretoria aqui para nos passar algo de ordem financeira, o que não ocorreu nesta semana. Por isso optamos por nos reunir aqui e fazer este anúncio", disse o camisa 10.
Durante o pronunciamento, o líder do grupo afirmou ainda que "90% dos jogadores" enfrentam o problema dos atrasos, o que indica que uma minoria tem recebido os ordenados em dia. Situação que gera ainda mais desconforto no grupo. Casos do volante Marcos Serrato e outros pratas da casa, do volante Lucas Otávio e do meia Pedro Castro, emprestados ao Tricolor pelo Santos e de demais atletas que recebem suas partes de empresários.
"O Serrato, como veio da base há pouco tempo, tem um salário baixo. A diretoria tinha acertado com ele até o mês de junho, até mesmo para se resguardar, então ele não está com o mesmo atraso dos outros. Eles estão controlando, porque se passar de três meses sem receber ele fica livre para sair. Mas a situação está muito complicada", explicou o empresário Rafael Stival, responsável pela carreira do jogador.
O presidente do Santos, Odílio Rodrigues, respondeu através da assessoria de imprensa que o clube está em dia com suas obrigações, sendo responsabilidade do Paraná cumprir com sua parte do acordo.
"No caso do Lucas Otávio, o Santos responde por 85% do salário, sendo o restante do Paraná. O salário do Pedro Castro é divido 50% para cada clube. Já o do Tiago Alves é integralmente pago pelo Paraná", afirma a nota. "O Santos ressalta que os valores referentes à sua parte do acordo estão devidamente quitados, mas cabe ao clube paranaense acertar esses valores pendentes", complementa.
Na última sexta-feira, véspera da vitória por 3 a 1 sobre o Vila Nova, os jogadores paranistas publicaram uma carta que relatava a penúria financeira do clube e convocava a torcida a comparecer à Vila Capanema na ocasião, o Tricolor teve seu maior público (6.559 pagantes) e renda (R$ 94.450) na Série B. Após a partida, o zagueiro Gustavo retomou o assunto e afirmou que a diretoria "perdeu a credibilidade".
"Escrevemos na carta que precisaríamos ter pelo menos o dobro de torcedores em nosso estádio e foi o que aconteceu, tivemos um bom público. Mas nossa dificuldade, nossa luta aqui, é maior do que isso", afirmou Lúcio Flávio ontem.
A diretoria do Paraná, através do vice-presidente de futebol, Celso Bittencourt, afirmou que está fora de Curitiba justamente para buscar soluções financeiras. "Tanto eu como o presidente Rubens Bohlen estamos em São Paulo neste momento. Somente amanhã iremos nos pronunciar oficialmente sobre a ação dos jogadores", prometeu.
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