O superintendente de futebol do Paraná, Durval Lara Ribeiro, o Vavá, rebateu a alegação do técnico Fernando Diniz de que sua demissão do clube no último domingo (27) foi uma traição da diretoria. “Não vejo de onde possa ter traído. Simplesmente manda quem pode e obedece quem precisa”, disparou Vavá na manhã desta terça-feira (29), após o treino no CT Racco.
“No momento não concordamos mais com os trabalhos dele [Diniz] e o time caiu de rendimento nos últimos três jogos. É normal no futebol o entra e sai de treinadores”, prossegue Vavá, responsável pela montagem do elenco para a Série B, assim como pelas contratações dos técnicos Nedo Xavier e Fernando Diniz.
O dirigente, que quando assumiu o cargo, em abril, chegou a criticar a falta de planejamento da diretoria anterior e o excesso de contratações de jogadores sem qualidade, endossou em 2015 a chegada de 30 reforços somente para a Série B. Destes, seis já deixaram o clube. O zagueiro Rodrigo Sabiá, o volante Jácio e o atacante Danilo, por exemplo, ainda estão no elenco mas sequer chegaram a estrear.
Vavá também disse, no início do trabalho, que não traria jogadores de qualidade duvidosa para o Paraná. Ao ser demitido na 11.ª rodada, entretanto, o técnico Nedo Xavier analisou que as contratações paranistas foram “apostas de loteria”.
Por fim, Vavá agradeceu o trabalho de Diniz, que comandou o time em 17 oportunidades, obtendo aproveitamento de 47% dos pontos. Mas garantiu que o perfil do treinador não se encaixava no planejamento da diretoria para 2016, indicando que não havia mais alegria no elenco sob a tutela de Diniz, conhecido justamente pelo modo rigoroso com que cobra os atletas.
“No futebol existem limites. Tudo que é demais atrapalha. Às vezes as pessoas complicam coisas que são fáceis. Um time só rende quando existe alegria. Queremos um treinador que seja vencedor, em quem o grupo tenha confiança e nós da diretoria também”, analisa Vavá, que endossou a permanência interina do auxiliar Fernando Miguel na reta final da Segundona.
“Vamos dar força para ele [Miguel] até o fim do ano. Caso haja necessidade a gente busca alguém. Estamos analisando com calma, não temos pressa”, encerra Vavá.
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