A Vila Olímpica do Boqueirão precisará de pelo menos um mês para estar apta a receber jogos oficiais. A conclusão é do responsável pela comissão de vistoria da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Reginaldo Cordeiro, que na manhã desta sexta-feira visitou o Estádio Érton Coelho Queiróz para avaliar as condições do estádio.
"A curto prazo não é possível [realizar jogos no local]. Precisamos de pelo menos 30 dias para fazer reformas de adequação e obter os laudos necessários para a realização de jogos", informou, referindo-se aos pareceres de segurança da Polícia Militar, prevenção e combate a incêndios do Corpo de Bombeiros, condições sanitárias da Vigilância Sanitária e engenharia do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-PR).
O estádio é uma das opções da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da FPF para sediar os jogos do Atlético na Série B do Brasileiro, já que o Couto Pereira e a Vila Capanema não suportariam jogos compartilhados entre duas equipes.
Sem receber jogos em sequência há 15 anos (o último campeonato que a Vila Olímpica sediou foi uma partida na Copa João Havelange em 2000), o local tem capacidade de 14 mil pessoas. "Como o estádio não possui câmeras de segurança, hoje só seria possível liberar com 10 mil lugares, conforme prevê o Estatuto do Torcedor", advertiu Cordeiro.
Outros pontos negativos são a falta de acessórios sanitários, infiltrações nas cabines de imprensa e nas arquibancadas cobertas e o compartilhamento de uma área comum entre atletas, árbitros e torcedores das sociais.
"Como aspectos positivos destacamos a condição do campo, com um gramado bom, os vestiários em perfeitas condições de uso e a estrutura de arquibancada, que está em perfeito estado", destacou o responsável pela comissão de vistoria da FPF.
No parecer que ele pretende encaminhar à CBF há outro empecilho: a ausência de iluminação artificial, o que impede a realização de jogos noturnos. "O estádio também precisa passar por algumas reformas de bilheteria e acessos", concluiu.
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