Nesta semana, Alex afirmou que jamais vestiria a camisa do Atlético. "Por grana nenhuma. Não jogo bola por dinheiro. Respeito demais o Atlético e minha história não permite jogar lá", declarou o capitão alviverde, pelo Twitter, na última terça-feira (4).
O posicionamento assumido pelo camisa 10 detonou uma polêmica entre ex-ídolos de Atlético, Coritiba e Paraná. Ouvidos pela Gazeta do Povo, alguns contestaram o coxa-branca. Outros, concordaram com a fidelidade clubística.Confira o que cada um comentou:
Paulo Rink, ex-atacante, foi ídolo do Atlético na década de 90. Não trocou de clube. "O Alex está certo. É um jogador que tem uma história no Coritiba e tem condições de bancar essa situação. Ele reconhece que muito do que conquistou foi com a ajuda do Coritiba. Assim como muito do que eu tive foi por causa do Atlético. Eu fui convidado para jogar no Coritiba quando estava no exterior, não lembro se foi pelo Gionédis [ex-presidente do clube]. Não aceitei, não quis estragar a minha imagem".
Régis, ex-goleiro, foi pentacampeão estadual pelo Paraná (1993-97) e deixou o Tricolor para atuar no Coritiba. "O Alex diz isso porque está em fim de carreira. É mais fácil falar algo assim. Eu vejo como uma situação normal trocar de clube, mesmo por um rival. Você joga por muito tempo em um clube e isso dá uma saturada. Foi o que aconteceu comigo no Paraná. Cansei da rotina e fui para o Coritiba. Um jogo ou outro a torcida do Paraná pegou no meu pé, mas porque queria que eu estivesse lá".
Saulo, ex-atacante, maior artilheiro da história do Paraná, com 104 gols, jogou também no Coritiba."O Alex está na descendente, mesmo com toda a qualidade que tem. Pode escolher não jogar no Atlético. Mas teria que ver também se o Atlético gostaria de ter o Alex. Eu fui ídolo no Paraná e depois joguei no Coritiba. Mas o que você faz em um clube não muda nunca. E eu nunca declarei ser paranista, apenas que tenho um carinho enorme pelo clube".
Sicupira, ex-atacante, maior artilheiro da história do Atlético, com 154 gols. Não jogou por um rival. "A posição dele é certíssima. Se o Alex trocasse o Coritiba pelo Atlético colocaria uma pedra na carreira dele. E dinheiro não é o problema dele. Soaria como provocação. No meu caso, se fosse ao início da minha carreira, eu jogaria por um rival. Mas depois, com toda identificação que eu criei com o Atlético, não aceitaria".
Rafael Cammarota, ex-goleiro, começou no Atlético e foi ídolo no Coritiba, campeão brasileiro de 1985. Depois, voltou a atuar nos dois clubes. "Se é assim o Alex deveria jogar de graça no Coritiba. Ele pode ser torcedor do Coritiba, como eu sou. Mas fui profissional".
Pachequinho, ex-atacante, revelado pelo Coritiba e ídolo no Alto da Glória, defendeu também Atlético e Paraná. "Cada um escolhe o que acha certo. E se o Alex decidisse mudar de clube, eu concordaria também. É uma decisão pessoal. Quando eu fui para o Atlético, estava no Bahia. Vim para Curitiba e o Coritiba não demonstrou interesse. Eu não tinha estabilidade financeira e aceitei normalmente. Sei que a torcida do Coritiba não gostou, mas é da carreira do jogador".
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