O Paraná tem um novo presidente eleito. O candidato da chapa de situação, Leonardo Oliveira, 35 anos, foi aclamado o mandatário tricolor pelos próximos três anos, em votação nesta quarta-feira (23), no salão panorâmico da sede social da Kennedy. A posse está marcada para dezembro.
A vantagem nas urnas foi ampla. Dos 810 votos registrados, a chapa de Oliveira, Reconstrução Tricolor, recebeu 542. À chapa de oposição Paraná, o clube do futuro, do candidato derrotado Erivelto Luiz Silveira, restaram 264 votos. Quatro associados votaram nulo.
Confira as principais propostas do novo presidente do Paraná
Leia a matéria completaDois fatores foram primordiais para o desequilíbrio no pleito: a votação expressiva dos membros da organizada Fúria Independente, que já havia declarado apoio oficial a Oliveira, e os numerosos votos angariados nos bastidores pelo atual presidente Luiz Carlos Casagrande, o Casinha.
Por volta das 19h15, 45 minutos antes do fim da votação, os integrantes da Fúria começaram a adentrar o local de votação. Ao todo, 216 membros da facção registraram preferência na cédula eleitoral para depois celebrar a vitória com Oliveira.
Já o papel determinante desempenhado por Casinha, que sempre teve muita força no quadro social do clube, não é novidade. O cartola teve influência em todas as eleições paranistas desde a fundação do clube, em 1989. Desta vez, Casinha garante ter conseguido pelo menos 200 votos para Oliveira.
“Eu tenho uma relação de 284 pessoas com quem fiz contato para vir votar. O pessoal mais antigo, que me acompanha desde os tempos de Pinheiros. Nem todos vieram. Mas pelo menos 200, pela contagem que fiz, vieram e contribuíram”, assegura o atual presidente tricolor, que vê no apoio que prestou a Oliveira uma forma de retribuir o aporte prestado pelo Paranistas do Bem. “Sempre fui fiel a esse grupo que veio me apoiar em março, quando tomei posse e estava sozinho”, esclarece.
Segundo presidente mais jovem da história do Tricolor, Oliveira agradeceu os apoios da Fúria e de Casinha. “Para mim é um orgulho porque foi na Fúria que aprendi a defender o Paraná sob qualquer circunstância”, disse, instantes após o anúncio oficial, antes de garantir que a venda da Kennedy, que defendeu durante os debates, não é uma prioridade de sua gestão.
“A venda ou não da sede não é o principal problema. O assunto que tem de ser tratado é toda a situação financeira do Paraná. Existe possibilidade da sede ser leiloada, mas vamos trabalhar para que não aconteça. O clube é dos sócios, não nosso. Qualquer hipótese de venda passaria por eles”, defendeu.
Para o empresário Carlos Werner, que investiu no clube em 2015, a vitória nas urnas serve para legitimar o trabalho do Paranistas do Bem, que chegou ao poder em março, após a renúncia de Rubens Bohlen. “Precisávamos da legitimidade dos votos. Agora, a esperança é muito grande de que o Paraná vai crescer daqui para a frente”, opina.
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