Washington tem sido um dos destaques do Paraná na Série B.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Desde a saída de Lúcio Flávio, o volante Washington, de 26 anos, assumiu o papel de líder junto com o goleiro Marcos. O jogador, que marcou um gol na vitória por 3 a 1 sobre o Mogi Mirim na última rodada da Série B, tem exercido uma liderança importante fora de campo: ele é quem passa a palavra de Deus para os companheiros de time.

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Um discurso que não se limita apenas à roda dos jogadores. Até no Instagram ele já publicou vídeo ressaltando o poder que a crença pode trazer na vida de qualquer um. Algo que ele garante que já sentiu na pele.

“Se não fosse Deus eu não estaria vivo hoje. Quando jogava na Sérvia, voltando da balada com um amigo meu dirigindo, o carro capotou e eu vi a mão de Deus me salvando”, garante. “Os amigos se surpreendem que o Washington não é mais o cara que bebe, que só vai para a farra, e isso valoriza ainda mais a palavra divina”, acrescenta.

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O melhor em campo contra o Mogi Mirim – com direito a homenagem para a esposa que está grávida de oito meses-, Washington fez a categoria de base no Corinthians, mas tornou-se profissional no Força Sindical, que disputava a Série A3 do Paulista. Lá foi descoberto por olheiros que o levaram, aos 18 anos, para a Sérvia, onde jogou no Partizan por um ano e meio.

No exterior, o jovem enfrentou temperaturas de -15º C, neve, que, segundo ele, o “deixava encantado e ao mesmo tempo sofrendo com o frio”. Sem contar a diferença de alimentação e a dificuldade de comunicação. Problemas que não o impediram de aprontar. O que só mudou em 2010, quando voltou ao Brasil e converteu-se na Igreja Universal do Reino de Deus.

No Paraná desde o início da Série B, Washington e os goleiros Murilo e Marcão lideram as reuniões religiosas, onde não é obrigatória a participação, mas a maioria do elenco se faz presente. “Cada um tem a sua, então a gente não fala de religião, fala a palavra de Deus, que é única. Não ficamos pregando placa de Igreja”, garante, negando que seja o pastor do elenco paranista. “Acho que não, sou só um servo que prega a palavra”, desconversa.

Dentro de campo, Washington e Marcão são os principais líderes. O volante é usado muito como exemplo por ter saído do Joinville, quando o time brigava pelo acesso no ano passado, para jogar a Série A pelo Palmeiras. “O que eu aprendi quero passar para os mais jovens”, garante. Uma ascensão profissional que os outros jogadores paranistas também podem conseguir caso o time tenha um bom desempenho nessa Série B.

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