Acusado de estar envolvido num escândalo de revenda de ingressos de jogos e shows no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, o ex-presidente e ex-técnico do River Plate, Daniel Passarella, teve sua prisão solicitada na Argentina.
O ex-zagueiro, bicampeão mundial com a Argentina em 1978 e 1986 - foi capitão na primeira, e que treinou, entre outros clubes, o Corinthians, em 2005, responde o processo junto com outros dirigentes e membros da barra-brava - as organizadas argentinas - do River, além de policiais.
A prisão de Passarella foi pedida pelo promotor José Maria Campagnoli, encarregado pela investigação. Também está envolvido no caso Diego Rodríguez, irmão da ministra de Segurança da Nação, Maria Cecilia Rodriguez.
De acordo com o jornal argentino Olé, o esquema foi descoberto quando um torcedor chegou ao estádio para acompanhar uma partida da equipe, mas o seu assento já estava ocupado por um outro torcedor, que tinha o ingresso com a mesma cadeira e mesma fila.
Segundo as autoridades, o esquema partiu de uma lista de quase 10 mil sócios do River que não costumavam pegar os seus ingressos. Os bilhetes eram emitidos, mas repassados diretamente a líderes de torcida do clube.
De acordo com o jornal Clarín, Passarella é o que tem a situação mais complicada neste processo, já que era ele quem executava as ordens sobre a distribuição ilegal dos ingressos.