Patrocinadora da Fifa desde a década de 1970, a Coca-Cola divulgou uma nota nesta sexta-feira (02) pedindo a saída de Joseph Blatter da presidência da entidade.
“Para o bem do jogo, a Companhia Coca-Cola está pedindo ao presidente da Fifa, Joseph Blatter, que se demita imediatamente para que o processo de reforma possa começar com credibilidade o mais rápido possível”, disse a empresa.
“A cada dia que passa, a imagem e reputação da Fifa continuam a ser manchadas. A Fifa precisa de uma reforma ampla e urgente, que só pode ser realizada com uma abordagem verdadeiramente independente”, continuou.
O McDonald’s, que também patrocina a entidade, fez o mesmo pedido em comunicado à imprensa.
“Os acontecimentos das últimas semanas continuam a diminuir a reputação da Fifa e a confiança do público na sua liderança”, afirmou a rede de fast-food.
Os pedidos dos patrocinadores foram feitos uma semana depois de a Procuradoria-Geral da Suíça anunciar que abriu uma ação criminal contra Joseph Blatter.
A decisão foi tomada por suspeitas de irregularidades cometidas pelo dirigente na assinatura de um contrato em 2005 com a Federação Caribenha de Futebol, na época comandada por Jack Warner, ex-presidente da Concacaf.
O contrato suspeito de 2005 foi revelado pelo canal de televisão suíço SRF há duas semanas. Blatter é acusado de vender a Warner os direitos de televisão das Copas de 2010 e 2014 por preços muito inferiores aos de mercado.
O presidente também é suspeito de ter feito um pagamento irregular no valor de 2 milhões de francos suíços (R$ 8,3 milhões) ao presidente da Uefa, o francês Michel Platini, com recursos da Fifa, em 2011, referente a serviços prestados entre janeiro de 1999 e junho de 2002.
Platini é o candidato favorito à sucessão de Blatter na eleição marcada para fevereiro, convocada após o atual presidente abrir mão do cargo em junho em meio ao escândalo que atinge a entidade.
Na semana passada, a Fifa disse em nota estar apenas estar “cooperando” com a procuradoria, entregando todas informações solicitadas, como documentos e depoimentos prestados.
Já Platini se defendeu esta semana e disse que trabalhou como assessor especial de Blatter. Segundo o francês, o pagamento foi realizado nove anos depois do serviço prestado porque a Fifa não podia pagá-lo em dia.
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