Entre os artigos pessoais colocado a leilão por Pelé, 75 anos, alguns dizem respeito a sua relação com o Paraná. A partir desta terça-feira (7) até quinta-feira (9) serão leiloados pouco mais de 1,5 mil objetos pessoais do ex-jogador. O evento será na casa Julien’s, em Londres. A expectativa é arrecadar R$ 25 milhões com o evento – sendo que uma parte será revertida para o Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba.
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O Atleta do Século vai se desfazer, por exemplo, de um diploma de Cidadão Paranaense, recebido em 28 de outubro de 1970 – com estimativa de venda entre US$ 600 e US$ 800, próximo a R$ 2.700.
O Rei do Futebol também colocou na roda uma placa de prata recebida ainda 70, ano do tri no México, em retribuição pela ajuda dada a uma campanha de alimentos (saída entre US$ 200 e US$ 400 – perto de R$ 1.400). Na ocasião, o ex-jogador doou uma camisa autografada para ajudar o Natal de 3 mil crianças, filhos de encarcerados.
Tem mais homenagens ao Atleta do Século feitas no Paraná que estarão à venda. Uma placa de madeira do artista Almiro Morais, presente de 2015, oferecido pelo Grupo Uninter. A peça – com a mensagem ‘O melhor do mundo na melhor do Brasil’ – foi entregue em 2015 a Pelé (lances entre US$ 500 e US$ 700 – perto de R$ 2.400 no valor final), após a participação dele em campanhas publicitárias da instituição de ensino.
Rei dos pobres
Mas a mais forte relação desse ‘desapego’ é mesmo o Pequeno Príncipe – instituição médica da qual Pelé é parceiro desde 2005, com ajuda constante. O hospital não revela qual o porcentual vai receber de doação.
“Fazer pesquisas no Brasil é um grande desafio, pois os recursos são escassos. O apoio do Pelé nos traz a oportunidade de captar recursos nacionais e internacionais para a causa da saúde infantil. As pesquisas desenvolvidas no Instituto têm aplicação direta na melhoria da vida das crianças atendidas nas unidades assistenciais”, diz o diretor corporativo do Complexo Pequeno Príncipe José Álvaro Carneiro.
Melhor dos melhores
Entre os objetos tops, um dos mais cobiçados, está a bola com o qual o ex-camisa 10 marcou o milésimo gol, com o Santos, contra o Vasco, no dia 19 de novembro, no Maracanã. A peça icônica deve sair por US$ 60 mil, aproximadamente R$ 210 mil.
As medalhas que o Rei ganhou nos seus três títulos mundiais (1958, 1962 e 1970) também fazem parte do acervo (estimativa de arrecadar R$ 730 mil), assim como uma réplica do troféu Jules Rimet – esta com uma avaliação de US$ 400 mil a US$ 600 mil (R$ 2,1 mi).
Cidadão do Paraná
“Conversei muito com minha família, meus amigos e pessoas que sabem como podemos ajudar o hospital. Sempre procuro fazer algo para ajudar os pobres. Se tiver como ajudar pessoas que ajudam as crianças, está ótimo. É o motivo pelo qual faço isso”, explicou Pelé.
Os fãs do Rei também poderão tentar arrebatar uma camisa do Cosmos de Nova York, clube com o qual jogou depois da carreira no Santos e o anel de campeão da Liga americana de futebol que ganhou com esta equipe.
Também foram colocados a venda vários troféus individuais, como o de jogador do século da Fifa ou de atleta do século concedido pelo jornal francês L’Équipe.
“Todos esses objetos sempre estarão comigo no meu coração. Poderia ficar em casa com isso tudo, mas não iria ajudar ninguém”, completou Pelé.
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