O presidente do Parma, Giampietro Manenti, foi detido nesta quarta-feira (18) acusado de vários crimes, incluindo lavagem de dinheiro e uso de cartões de crédito clonados. Além de Manenti, outras 21 pessoas foram presas na operação contra crimes financeiros.
Giampietro Manenti, que assumiu a presidência do clube em fevereiro, havia prometido pagar as dívidas do clube.
Manenti, de 45 anos, é administrador delegado do Mapi Group, uma empresa de serviços que tem sede na Eslovênia e que está na órbita da gigante gás russa russo Gazprom.
A justiça italiana suspeita que os detidos seriam culpados de formação de quadrilha, desvio de recursos públicos, fraude e lavagem de dinheiro, com circunstância agravante por métodos mafiosos, segundo o jornal Gazzetta dello Sport.
Um tribunal pode decretar nesta quinta-feira (19) a falência do Parma, clube com dívida líquida de 56 milhões de euros.
No último dia 6, a Liga profissional de futebol italiano ofereceu cinco milhões de euros (R$ 17,1 milhões) para que o Parma possa finalizar a temporada. Mas este montante pode não ser suficiente, já que o clube tem uma dívida avaliada em 100 milhões de euros (R$ 342 milhões), sendo 17 milhões (R$ 58 milhões) só de impostos ao fisco na Itália.
Caso não tenha condições financeiras de finalizar a temporada, as partidas do time daqui para a frente serão consideradas 3 a 0 para os rivais.
O Parma é um clube antigo na Itália, mas nunca conquistou muitos títulos. Na década de 1990, teve uma forte parceria com a Parmalat, a mesma que investiu no Palmeiras na mesma época.
O time teve astros como Buffon, Cannavaro, Fernando Couto, Zola, Asprilla, Brolin, Crespo, Thuram, Verón, Taffarel e tantos outros. Levou três vezes a Copa da Itália, e foi vice-campeão italiano em 1996/97. Além de conquistar duas Copas Uefa, atual Liga Europa.
Porém a companhia faliu, e o investimento no clube acabou, assim como aconteceu com o Palmeiras. Mas diferentemente do time paulista, o Parma não conseguiu se reerguer e se dissolveu em 2004. Meses depois reabriu e voltou para a elite. De lá para cá já caiu e voltou, foi comprado duas vezes pelo valor simbólico de um euro (R$ 3,15), e agora a situação parece insustentável.
-
Escola Sem Partido: como Olavo de Carvalho, direita e STF influenciaram o fim do movimento
-
Igreja e direita francesa criticam cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos
-
“Quando Maduro fala é crítica, quando eu falo é crime?”, diz Bolsonaro após ditador questionar urnas
-
Dois cientistas católicos históricos que vale a pena conhecer
Deixe sua opinião