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Arthur comemora a classificação da Ponte à final da Sul-Americana após empate com o São Paulo | Sebastião Moreira / EFe
Arthur comemora a classificação da Ponte à final da Sul-Americana após empate com o São Paulo| Foto: Sebastião Moreira / EFe

A Ponte Preta avançou na noite desta quarta-feira à decisão da Copa Sul-Americana, após empatar em 1 a 1 com o São Paulo, em Mogi Mirim. Ameaçado no Campeonato Brasileiro, é o vice-lanterna, com apenas 36 pontos, a Macaca vai em busca do primeiro título de sua história.

Como venceu por 3 a 1 no Morumbi, quarta-feira passada, a Ponte entrou em campo podendo perder por até 2 a 0. Fechou-se no campo de defesa e confiava num contra-ataque. Abriu o placar com Leonardo, no finalzinho do primeiro tempo, e matou o jogo. Luis Fabiano entrou, empatou, mas não evitou que o clube onde se formou chegasse a uma decisão inédita.

A final da Sul-Americana será contra Lanús ou Libertad. Na primeira partida, no Paraguai, os argentinos venceram por 2 a 1 e jogarão pelo empate em Buenos Aires, nesta quinta-feira. Como ambos têm estádios acanhados, não deverão vetar o Moisés Lucarelli. Assim, a Ponte deve mandar em Campinas o primeiro jogo da decisão, quarta-feira que vem.

Ao São Paulo resta tentar encerrar o ano com dignidade. A equipe encara o ameaçado Criciúma, domingo, em Santa Catarina, e fecha a temporada recebendo o Coritiba. No Brasileirão, a Ponte precisa de um milagre para não ser rebaixada (recebe a Portuguesa e visita o Inter).

O jogo

Desde o primeiros minutos de jogo os dois times deixavam claras suas posturas. O São Paulo tentava roubar a bola no campo de ataque. A Ponte Preta esperava o rival e, quando tinha a bola, tentava ameaçar rápido em contra-ataque. Com isso a partida se concentrava numa metade só do campo.

Nela, poucas jogadas que mereciam ser transformadas em gol. Logo a 2 minutos, Rogério Ceni teve falta para bater quase na linha da grande área. Mandou no meio da barreira. Era o sintoma de que a noite não era tricolor. Outra prova disso: quando Roberto escorregou e ficou no chão, Aloísio teve o gol aberto, mas arriscou de primeira, desequilibrado, e mandou para longe.

O São Paulo rodava a bola e, quando chegava, não levava grande perigo. Ademilson, quando teve a oportunidade, mandou à direita do gol. Douglas, pelo alto, cabeceou por cima. Rodrigo Caio também tentou de cabeça, mas nas mãos de Roberto.

O goleiro, quase um espectador, trabalhou na única grande jogada do ataque tricolor. Tabela entre Ademilson e Reinaldo, o lateral teve espaço e cruzou para Aloísio. Roberto saiu bem e tirou da cabeça do centroavante.

E aí vale aquela máxima do "quem não faz, toma". Até quando o resultado é o inesperado para uma decisão entre São Paulo e Ponte Preta o clichê vale. E o time tricolor tomou. Aos 42, Uendel cruzou, Rodrigo Caio tirou. Leonardo tentou e o zagueiro salvou de novo. Na terceira chance, com a zaga do São Paulo batida, a bola do centroavante foi direto para as redes.

Teoricamente o gol não deveria mudar muita coisa. O São Paulo continuava precisando fazer três gols. Mas o baque psicológico, aliado ao cansaço de um time mal preparado fisicamente, impediu a equipe de Muricy Ramalho de tentar a classificação.

Até Luis Fabiano e Welliton entrarem, aos 16 minutos do segundo tempo, o São Paulo sequer havia ameaçado chegar ao empate. Como Denilson havia saído, com indisposição estomacal, para dar lugar a Wellington no primeiro tempo, Muricy não podia mais mexer no time e tinha 30 minutos para conseguir três gols.

Conseguiu um só, com Luis Fabiano, aos 38. No lance, Diego Sacoman errou na tentativa de corte e levantou a bola para o centroavante cabecear para o gol. Pelo menos uma despedida honrosa do atual campeão da Sul-Americana, que vai voltar à Copa do Brasil no ano que vem. Libertadores, talvez só em 2015.

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