O paraguaio Juan Ángel Napout, presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), aceitou nesta segunda-feira (7) a extradição para os Estados Unidos, onde enfrentará as acusações da justiça do país, confirmaram os advogados de defesa do dirigente.
Ele havia sido preso na última quinta-feira (3) a pedido da Justiça americana, sete meses após as prisões de cartolas da Fifa na Suíça, incluindo o ex-presidente da CBF José Maria Marin.
De acordo com o escritório que defende Napout, que é sediado em Boston, a intenção é ir para os Estados Unidos, para demonstrar inocência. O comunicado da defesa aponta que o paraguaio “se dedicou a promoção e a instituição da transparência e da reforma” na Conmebol.
“Sua detenção na semana passada foi contrária a todas as ações anteriores, e o senhor Napout não só manifesta firmemente que é inocente, mas que também tem a intenção de lutar contra as acusações infundadas”, aponta.
Napout e o hondurenho Alfredo Hawit, presidente da Concacaf (confederação que cuida do futebol da América do Norte, América Central e Caribe), foram banidos das atividades do futebol por 90 dias, informou o Comitê de Ética da Fifa na última sexta-feira (4).
“A razão para o banimento, que foi baseado no pedido do presidente da câmara de investigação, senhor Cornel Borbély, e o indiciamento emitido pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos por acusações de extorsão, conspiração e corrupção”, informou a Fifa em um comunicado.
Napout e Hawit são suspeitos de aceitar suborno de milhões de dólares em troca da venda de direitos de comercialização em torneios de futebol na América Latina e Copa do Mundo.
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