A derrota da última quinta-feira para o Arsenal complicou a vida do São Paulo na Libertadores e aumentou a pressão sobre Ney Franco. No desembarque da equipe na capital paulista, nesta sexta, o presidente Juvenal Juvêncio se pronunciou sobre o treinador, o elogiou, mas não garantiu sua permanência até o fim do contrato, em dezembro.
Juvenal explicou que tem mantido essa conduta e que a permanência de um técnico só é garantida com resultados. "Se nem a Cúria Romana garantiu o (papa) Bento XVI, como vou garantir (a permanência de Ney Franco)? Tenho me escorado nisso", disse o presidente.
Mesmo sem confirmar a continuidade de Ney Franco, Juvenal fez questão de elogiar o treinador e apostou na recuperação da equipe. "O Ney é um profissional muito trabalhador e eu mantenho a nota oito que dei para ele, mesmo após essa derrota", afirmou.
A sequência do treinador no cargo pode depender da classificação para as oitavas de final da Libertadores. Atualmente, o São Paulo é o segundo colocado do Grupo 3 e estaria classificado, mas somou apenas quatro pontos em quatro jogos e vê a vaga em risco. O próprio presidente do clube admitiu a possibilidade de eliminação. "Não sei se classifica, espero que sim. Nem que para isso eu tenha que entrar dentro de campo", brincou.
Entre os jogadores, o discurso foi de apoio a Ney Franco. Até mesmo o zagueiro Lúcio, que demonstrou irritação ao ser substituído na última quarta-feira e foi para o ônibus antes mesmo que seus companheiros deixassem o vestiário, elogiou o treinador e o ambiente no São Paulo.
"O ambiente no grupo é bom, mas infelizmente não conseguimos a vitória", declarou. "Vou continuar trabalhando, e se teve algum motivo para eu ser substituído vou tentar melhorar. Foi uma decisão do treinador e tenho que respeitar", completou.
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