Sallim e Bacellar: juntos contra a desigualdade na Primeira Liga.| Foto: /

Atlético e Coritiba deram um ultimato nos demais integrantes da Primeira Liga. Em nota assinada em conjunto pelos presidentes Luiz Sallim Emed e Rogério Bacelar (leia o documento), Furacão e Coxa se mostram descontentes com as tratativas para o rateio das verbas de televisão do torneio.

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LEIA: A solução para a Primeira Liga: tirem os cariocas e os traidores

No dia 20 de outubro, durante reunião para tratar do tema, não houve consenso sobre como seria feita a divisão do dinheiro oferecido pela Globo. Na ocasião, apenas o Rubro-Negro votou contra a proposta. Na sequência, o Alviverde se juntou ao coirmão defendendo uma nova fórmula de distribuição financeira.

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Na semana seguinte os dois times paranaenses encaminharam um pedido de convocação de assembleia para que fosse respeitado o estatuto da liga. Como não receberam nenhuma resposta, decidiram se manifestar em carta requerimento, solicitando a convocação imediata de uma assembleia, a ser realizada em Florianópolis, antes de se decidir sobre o assunto.

A proposta da Rede Globo – cerca de R$ 70 milhões pelas próximas três edições – seria dividida da seguinte forma conforme o protesto da dupla Atletiba: 45% (entre todos os clubes) 32,5% (audiência) e 22,5% (premiação). Não se questiona a oferta da emissora, mas como será feito o rateio.

O assunto nem deveria entrar na pauta, mas a dupla Fla-Flu e um gigante de BH sugeriram que fosse esquecida a distribuição acordada inicialmente, quando da criação da liga, espelhada no modelo inglês: 50% do montante reservado para divisão entre todos os membros, e o restante repartido igualmente em dois, entre prêmios pela campanha em campo e audiência (50/25/25).

A manifestação conjunta foi endereçada a Gilvan Tavares, mandatário da liga, e revelado pelo blog do jornalista Juca Kfouri, no portal UOL. Há o risco de ambos saírem da Primeira Liga caso não sejam atendidos.

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“Os cariocas fizeram um complozinho com um dos mineiros para mudar o que tinha sido decidido quando da formação da liga. Roeram a corda”, revela o presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim Peixoto, que teve participação decisiva na CBF para o torneio sair do papel no início deste ano.

“O Mario Celso [Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético] me ligou depois da reunião, irritado, e disse que sairia da liga se não cumprissem o que havia sido acordado”, conta o vice-presidente do Coritiba , Alceni Guerra, à Gazeta do Povo, no fim de outubro.