Prova de fogo para Cruzeiro e Fluminense na noite de quarta-feira (17) no Mineirão. Os dois clubes convivem com desconfianças por causa de um futebol pouco convincente neste início de ano, mas travaram um duelo de vida ou morte valendo a sobrevivência na Primeira Liga. Com atuação de destaque de Diego Souza, as equipes fizeram um jogo muito aberto e emocionante que terminou com sete gols e a vitória do Fluminense por 4 a 3.
Somente no primeiro tempo, Diego Souza anotou dois gols e uma assistência, Scarpa marcou um golaço e Rafael Silva balançou as redes por duas vezes. Na etapa final, Arrascaeta empatou para o Cruzeiro, mas Diego Souza voltou a colocar o Flu em vantagem e garantir a vitória.
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O jogo
O Cruzeiro variou muito suas jogadas e movimentação dos atletas foi mais uma vez a particularidade do time. Com poucos minutos, Arrascaeta tabelou com Miño e presenteou Rafael Silva, responsável por driblar Cavalieri e abrir o marcador em um lance com a cara da nova filosofia do técnico Deivid.
Defensivamente é que as coisas não funcionaram tão bem, mais uma vez. Sem conseguir se organizar com competência, a zaga anfitriã bateu cabeça em alguns momentos e foi salva minutos depois pelo gol bem anulado de Diego Souza. Começava ali o show do camisa 10 tricolor.
Quando imprimia velocidade pelos lados, o Flu conseguia deixar o Cruzeiro confuso. Apesar de uma nova postura mais fechada e menos exposta, a equipe do Rio não deixou de atacar. Diego Souza cavou um pênalti ao cruzar no braço de Fabiano e ele mesmo empatou o jogo.
Cinco minutos depois, a virada veio de novo com o meia, aproveitando o cruzamento de Wellington Silva, após ótima descida pela direita. Ainda sentindo o baque, o Cruzeiro cochilou e viu Diego Souza servir Gustavo Scarpa, autor de golaço. Ainda antes do intervalo, o time da casa voltou para o jogo, novamente com Rafael Silva, diminuindo o marcador.
O clima continuou quente no segundo tempo. Alertado pelo árbitro sobre as intensas reclamações, Deivid acabou expulso. Das cabines, o treinador viu Pedrinho comandar o time e repetir uma estratégia bastante utilizada. Ao promover o atacante Élber, o auxiliar apostou da qualidade individual para fazer a diferença e viu surtir o efeito. O garoto participou da jogada que gerou o gol de Arrascaeta, deixando tudo igual no Mineirão.
O cenário da etapa final não parecia ser tão bom quanto do primeiro tempo, mas os gols continuaram saindo. Novamente com Diego Souza. A arbitragem pegou um novo pênalti, de Fábio em Felipe Amorim. O camisa 10 cobrou bem mais uma vez e recolocou o Fluminense em vantagem.
Ainda com tempo, o Cruzeiro ganhou novo gás e pressionou com a entrada do estreante Pisano, mas não conseguiu igualar o marcador nos minutos finais.
FICHA TÉCNICA:
CRUZEIRO
Fábio; Fabiano, Manoel, Dedé e Fabrício; Henrique e Ariel Cabral (M. Pisano); De Arrascaeta e S. Miño (Élber); Alisson e R. Silva (V. Araújo)
T.: Deivid
FLUMINENSE
D. Cavalieri, W. Silva, Marlon, Henrique e Giovanni; Pierre, Douglas (Edson) e G. Scarpa (Osvaldo); M. Junior (F. Amorim), D. Souza e Cícero
T.: E. Baptista
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte
Árbitro: Francisco de Paula dos S. Silva Neto.
Gols: Rafael Silva, aos 4, Diego Souza, aos 28 e aos 33, Gusavo Scarpa, aos 37, e Rafael Silva, aos 43 min do 1º min; De Arrascaeta, aos 20, e Diego Souza, aos 25 min do 2º tempo
Cartões amarelos: Fabrício, Fábio (C), Marcos Júnior, Giovanni, Diego Cavalieri e Pierre (F)
Público: 21.118 presentes
Renda: R$ 400.748,00
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