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O príncipe jordaniano Ali Bin Al Hussein e o presidente da Fifa, Joseph Blatter, posam juntos para foto. | Jamal Nasrallah/EFE
O príncipe jordaniano Ali Bin Al Hussein e o presidente da Fifa, Joseph Blatter, posam juntos para foto.| Foto: Jamal Nasrallah/EFE

Joseph Blatter terá de enfrentar um príncipe jordaniano de 39 anos em sua tentativa de obter um quinto mandato como presidente da Fifa. Declarando que "é hora para uma mudança", o príncipe Ali Bin Al Hussein, um dos vice-presidentes da entidade, anunciou nesta terça-feira (6) que será candidato na eleição da Fifa marcada para 29 de maio em Zurique, desafiando o suíço, de 79 anos, que vai buscar mais uma reeleição.

"Isso não foi uma decisão fácil", disse o príncipe, num comunicado em que se comprometeu a realizar uma campanha positiva. "Ela veio depois de cuidadosas considerações e muitas discussões com respeitados colegas da Fifa ao longo dos últimos meses".

"A mensagem que eu ouvi, mais e mais, foi que é hora de uma mudança", disse o príncipe Ali, que foi incentivado a concorrer pela Uefa e seu presidente, Michel Platini. O ex-jogador francês que optou no ano passado por não desafiar seu antigo aliado Blatter, está "muito satisfeito" com a decisão do príncipe, disse Pedro Pinto, porta-voz da Uefa, nesta terça-feira.

Com o anúncio da candidatura, o príncipe Ali passa a ser considerado o principal rival de Blatter na eleição. O francês Jerome Champagne, um ex-dirigente da Fifa e antigo aliado de Blatter, também anunciou sua intenção de concorrer anteriormente.

Sob o comando de Blatter há 17 anos, a Fifa teve a sua imagem abalada nos últimos tempos por acusações de suborno no processo de escolha da sedes das Copas do Mundo de 2018 e de 2022, além do envolvimento de alguns dos seus membros na venda ilegal de ingressos do Mundial de 2014 no Brasil.

O príncipe Ali disse em seu comunicado oficial nesta terça-feira que "é hora de mudar o foco para longe da controvérsia administrativa e voltá-lo ao esporte". "O futebol mundial merece um órgão gestor de nível mundial, uma federação internacional que é um modelo de organização de serviços e um modelo de ética, transparência e da boa governança", disse o príncipe Ali, que entrou para o Comitê Executivo da Fifa no dia da mais recente reeleição de Blatter, em junho de 2011.

O príncipe Ali não especificou quais cinco das 209 federações nacionais irão apoiar a sua candidatura no momento da inscrição, conforme exigido, antes do prazo final de 29 de janeiro. Ele pode até conquistar o apoio de boa parte da Europa, mas terá bem mais dificuldade no seu continente, pois o presidente da Confederação Asiática de Futebol, o Sheik Salman Bin Ibrahim Al Khalifa do Bahrein, prometeu seu apoio a Blatter em novembro.

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