O promotor de Justiça José Reinaldo Carneiro Guimarães, do Ministério Público de São Paulo, vai pedir a abertura de um inquérito policial para que as denúncias de manipulação de resultados nas divisões inferiores do Campeonato Paulista sejam investigadas.

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Foi ele quem atuou nas investigações do escândalo conhecido como “Máfia do Apito”, em 2005, que alterou a classificação do Brasileiro daquele ano, com a remarcação de diversas partidas.

Nesta quarta, a Folha mostrou que ao menos cinco clubes foram procurados para aceitarem placares pré-definidos em troca de dinheiro. Todos, contudo, negam ter aceitado o suborno. 

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As informações levantadas indicam a existência de uma ação consistente em busca da manipulação de resultados do futebol.

O TJD-SP (Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo) apura dois casos após denúncias feitas por dirigente do América de São José Rio Preto e por jogadores do Grêmio Barueri. Com base em outros depoimentos, o Sindicato dos Atletas de São Paulo acionou a Polícia Federal e a Interpol, que ainda não responderam se investigarão as denúncias.

A reportagem também ouviu relatos de cartolas de outros dois times sobre proposta para entregar o jogo: do EC São José, de São José dos Campos, e do Grêmio Catanduvense, de Catanduva, que disputam a terceira divisão. A Assisense, de Assis (quarta divisão), também recebeu oferta similar em 2015.

A Federação Paulista de Futebol (FPF) informou que encaminhará ao Ministério Público e à Justiça Desportiva todas as denúncias que vier a receber. Diz ainda que contratou empresa especializada em monitorar manipulação de resultados.

No sábado, o jornal “Diário de S. Paulo” revelou que jogadores do Barueri teriam recebido uma oferta de US$ 25 mil (R$ 94,2 mil) para perderem por 4 a 0. O jogo estava 3 a 0 até os 37 minutos do segundo tempo, quando a equipe cometeu um pênalti que resultou no quarto gol do rival.

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