Flávia Saraiva, 15, fechou o último dia da etapa de São Paulo da Copa do Mundo de ginástica artística como a maior medalhista da delegação brasileira.
Em sua primeira competição internacional pela categoria adulta, a atleta conseguiu uma medalha de ouro no solo e uma de prata na trave.
O desempenho superou até o do experiente Diego Hypólito, bicampeão mundial no solo, que fechou sua participação na competição com uma prata no solo e um bronze no salto.
Em toda a competição ela só não foi melhor que os chineses Ruoteng Xiao, ouro na barra fixa e no cavalo com alças, e Chunsong Shang, primeira colocada nas barras assimétricas e na trave.
Com apenas 1,33 m de altura, “Flavinha” -como é chamada pelos companheiros de seleção- teve de ser uma gigante para superar neste domingo (3) o mau resultado do sábado (2).
Na final das barras assimétricas, a ginasta carioca teve uma queda e ficou apenas na oitava posição.
“Houve erros, mas a gente vai treinar mais para nas próximas competições a gente conseguir acertar”, avaliou.
Neste domingo, no entanto, a atleta mostrou personalidade e não se intimidou com os cerca de 6.500 torcedores presentes no ginásio do Ibirapuera.
Pelo contrário, encontrou no apoio do público a força que precisava para superar as dificuldades.
“Eles me ajudaram no solo, na trave e, mesmo quando eu caí nas assimétricas, eles me ajudaram a subir de volta”, contou.
Na competição do solo, com o público batendo palmas no ritmo de sua música, a ginasta conseguiu a melhor nota do dia, com 13,625.
Na trave, teve precisão para acertar todos os seus elementos e fechar a prova com 15,100, mesma nota da americana Simone Biles na final do aparelho no Mundial de 2014, em Nanquim, quando conseguiu a medalha de ouro.
“Fiquei muito feliz com meus dois resultados, foram notas que eu treinei bastante para conseguir”, disse Flávia.
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