O Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou a torcedora Patrícia Moreira e outras três pessoas à Justiça sob acusação de praticarem injúria racial contra o goleiro Aranha, do Santos.
Os quatro torcedores tinham sido identificados pela polícia em imagens de TV da partida contra o Grêmio, em agosto.Patrícia apareceu na tela da ESPN Brasil durante o jogo gritando "macaco" para o jogador. Por causa do incidente, a Justiça Desportiva acabou eliminando o Grêmio da Copa do Brasil.
Ao formalizar a denúncia na segunda-feira (27), a Promotoria pediu à Justiça que os acusados sejam imediatamente proibidos de comparecer a jogos do Grêmio e que sejam obrigados a permanecer em uma delegacia durante as partidas do time.
A investigação sobre o crime começou depois que o goleiro prestou queixa à polícia, no dia seguinte à partida. O inquérito foi encerrado um mês depois.Agora, além de Patrícia, foram denunciados Éder Braga, Rodrigo Rychter e Fernando Ascal, que são integrantes de uma torcida organizada.
A pena prevista para o crime de injúria racial vai de um a três anos de prisão. Mas os quatro torcedores têm a possibilidade de optar pela suspensão do processo. Nesse caso, a ação ficaria parada desde que eles se comprometessem a não ir aos jogos do Grêmio, como mandante ou visitante, pelo período de um ano.A Promotoria pediu à Polícia Civil mais investigações para identificar outros torcedores suspeitos de xingar o goleiro na partida.
Patrícia pediu desculpas publicamente ao goleiro uma semana depois e disse que xingou o jogador porque foi "junto com a torcida". Em meio à repercussão do caso, um homem tentou incendiar a casa onde ela morava, em Porto Alegre.
Rodrigo Rychter negou, ao prestar depoimento durante a investigação, que tenha praticado algum crime. A reportagem não localizou os outros suspeitos.
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