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Campeão da Taça Guanabara, o Botafogo começou muito bem o segundo turno do Campeonato Carioca: na estreia da Taça Rio, goleou o Quissamã por 4 a 0, neste sábado, no Engenhão. Num jogo que teve o experiente Seedorf perdendo uma chance incrível com o gol aberto, o destaque foi Rafael Marques, que finalmente conseguiu marcar o primeiro gol com a camisa do Botafogo. O jejum durava 21 jogos: desde julho de 2012, quando chegou ao clube.

Mas Rafael, tão criticado pela torcida principalmente no ano passado, não ficou só no gol. Dos pés dele, saíram as assistências para outros dois gols. "Quem me acompanha desde o começo sabe o quanto venho sofrendo para buscar esse primeiro gol. É consequência. Era só ter paciência que o gol iria sair", disse o atacante. "Nunca desanimei".

O JOGO - O primeiro tempo foi de poucas chances. A primeira foi do Botafogo, aos 9 minutos, com Júlio Cesar, que acertou a trave de fora da área. Aos 31, em nova tentativa de longe, o lateral-esquerdo chutou no mesmo canto e contou com a ajuda do goleiro Ricardo, que chegou atrasado na bola e não conseguiu evitar o gol do Botafogo. O Quissamã só teve uma boa chance no primeiro tempo, aos 25, bem defendida por Jefferson.

O segundo tempo começou com um momento raro na carreira de Clarence Seedorf. Em contra-ataque rápido, Lodeiro foi lançado sozinho. O uruguaio entrou na área e tocou para o holandês, que, com o gol vazio, isolou por cima. "Eu estava concentrado, mas tudo bem, passou e fizemos os gols", disse Seedorf, que confirmou ter sido este um dos "gols mais perdidos" de sua carreira.

Aos 10 minutos, Rafael Marques começou a se tornar o personagem do jogo. Após dominar na área, bateu rasteiro e a bola raspou a trave. Por pouco não saiu seu primeiro gol pelo time. Mas, se não conseguia marcar, Rafael dava assistências: primeiro para o gol de Lodeiro, aos 22, e depois para o de Fellype Gabriel, aos 26.

Aos 35, depois de tanto tempo, finalmente chegou a vez dele. Gabriel tocou para Rafael Marques, que chutou de primeira e acertou o canto: 4 a 0 para o Botafogo e o fim do jejum. Na comemoração, ele fez o tradicional gesto de estar se "limpando" da má sorte e depois foi abraçado pelos companheiros.

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