Cristiano Ronaldo é a estrela da final em Yokohama.| Foto: TORU YAMANAKA/AFP

O Real Madrid tentará fazer valer o peso da camisa diante do surpreendente anfitrião Kashima Antlers, neste domingo (18), às 8h30 (horário de Brasília), em Yokohama, na final do Mundial de Clubes.

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No estádio onde a seleção conquistou o quinto título mundial, em 2002, o clube espanhol também irá em busca do penta.

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Recordista de títulos da Liga dos Campeões, com 11 ‘Taças Orelhudas’, o Real ganhou três Copas Intercontinentais (1960, 1998 e 2002) e um troféu no formato atual, em 2014.

Se confirmar o favoritismo, o time ‘merengue’ fará a Espanha o país com o maior número de títulos no Mundial de Clubes, com cinco títulos, um a mais que o Brasil.

Pela terceira vez na história, a decisão não contará com representante sul-americano.

O Atlético Nacional, da Colômbia, atual campeão da Libertadores, foi surpreendido pelo Kashima (3-0) na semifinal de quarta-feira.

Na única outra ocasião em que um time do país-sede alcançou a final, o Raja Casablanca foi derrotado por 2 a 0 pelo Bayern de Munique, depois de ter eliminado o Atlético Mineiro na semi (3-1).

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‘Boas vibrações’

Precavido com a zebra que tirou o Atlético Nacional da competição, o Real não entrou em campo de salto alto na sua estreia, na quinta-feira, mas tampouco teve que forçar seu talento contra o América, do México.

A vitória por 2 a 0 veio com dois gols marcados nos acréscimos de cada tempo, pelo francês Karim Benzema e pelo astro português Cristiano Ronaldo, que comemorou em grande estilo a conquista da quarta Bola de Ouro.

Na zaga, os jovens Varane e Nacho deram conta do recado na ausência de Pepe e Sergio Ramos, que foram poupados por sentirem dores musculares, mas voltaram a treinar na sexta-feira e podem ser escalados no domingo.

Eleito melhor jogador do torneio em 2014 e autor do primeiro gol da final contra o San Lorenzo, Ramos, que é capitão do time, tem boas chances de ser titular.

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“Boas sensações, boas vibrações”, postou o zagueiro espanhol no Twitter, junto com uma foto em que aparece tocando na bola durante o treino de sexta-feira.

No meio de campo, o técnico Zinedine Zidane deve manter o brasileiro Casemiro, que ajudou Modric e Kroos a jogar mais soltos na semi.

Lá na frente, Lucas Vázquez, que vem suprindo muito bem a ausência de Gareth Bale, lesionado, é presença quase certa, ao lado de CR7 e Benzema.

Além do título mundial, outro desafio será manter a série invicta, a maior da história do clube: os comandados de Zidane não perdem há 36 jogos, desde abril.

Goleirão e atacante abusado

Yuma Suzuki. 
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Para isso, o Real terá que encarar com cautela o Kashima, que mostrou ao longo torneio que pode causar problemas, com ótimo condicionamento físico e disciplina tática.

Contra o Atlético Nacional, o goleiro Sogahata fez grandes defesas e os anfitriões souberam administrar a vantagem obtida com gol polêmico de pênalti depois do uso da arbitragem com vídeo, antes de selar o resultado com dois contra-ataques letais.

“É um verdadeiro sonho”, vibrou o atacante Yuma Suzuki, autor do terceiro gol daquela partida, que imitou a celebração de Cristiano Ronaldo depois de balançar as redes.

“Agora quero repetir esse gesto diante dos próprios olhos de Cristiano”, avisou o abusado jogador de 20 anos. “Vamos mostrar ao Real Madrid o quanto o futebol japonês cresceu”, completou.

Esse crescimento foi impulsionado por Zico, grande ídolo do Kashima, que encerrou sua carreira no clube no início da década de 90.

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“Sabemos que será complicado, eles jogam em casa. Temos que descansar e estudar o adversário de forma mais detalhada. Vamos chegar no domingo motivados para conquistarmos esse título”, avisou Zidane.