O Grêmio Maringá não tem mais uma sede. Na última sexta-feira, o clube desocupou a sala comercial no Novo Centro, em Maringá, que vinha sendo utilizada como escritório desde 2010, quando voltou à atividade para disputar a Terceira Divisão do Campeonato Paranaense. A informação foi divulgada na segunda-feira pelo site do time, que não era atualizado desde junho.
Este é apenas mais um difícil episódio vivido pelo clube, que nos últimos anos colecionou muitos fracassos e dívidas. Em junho, antes de ser rebaixado para a "Terceirona" do estadual, o Galo chegou a ser colocado à venda pelo seu presidente Aurélio Almeida.
De acordo com nota divulgada pela assessoria de imprensa, "a meta do clube, agora, é encontrar outro local para acomodar seu escritório e recomeçar com um trabalho pé no chão visando montar uma equipe competitiva para a disputa da segunda divisão (já que existem rumores de que a terceira divisão não acontecerá em 2014) do Campeonato Paranaense".
Outra intenção é adquirir um centro de treinamentos para, segundo o comunicado, "não depender da boa vontade dos munícipes locais". Em junho, Aurélio Almeida já havia se queixado de que a Prefeitura de Maringá não liberaria campo para os treinos da equipe, o que seria uma das causas da desastrosa campanha deste ano, quando terminou na lanterna da Divisão de Acesso.
O comunicado também informou que o Grêmio Maringá passa por um momento de reformulação e que busca uma diretoria formada somente por maringaenses que tenham ligação afetiva com o clube, que já foi tricampeão paranaense (em 1963, 1964 e 1977). "O Grêmio Maringá reitera aos pequenos comerciantes (e grandes também), empresários e a todos que amam esse clube e que desejam ajudar a levantar um ícone que se encontra em um momento histórico difícil, que contribuam para que não seja mais alvo de notícias depreciativas".
A reportagem tentou contato com Aurélio Almeida, mas ele não foi localizado para comentar a situação do time.
Sem comprador
Três meses após ter sido colocado à venda, não há notícias de que algum interessado tenha adquirido o clube. Aurélio Almeida chegou a encaminhar uma carta ao prefeito de Maringá, Carlos Roberto Pupin (PP), dando preferência de compra ao Município. No entanto, o Executivo municipal informou que o poder público não poderia fomentar um clube particular.
Em junho, Almeida foi perguntado se existia a possibilidade de fechar o time caso nenhuma proposta apareça. Na ocasião, disse que em hipótese alguma não apareceriam propostas.
O time também chegou a ser colocado à venda no final de 2011. Naquele ano, Almeida informou que estava sendo negociado com um grupo de investidores. No entanto, poucos meses depois, a direção informou que não seria mais vendido.
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