Reino Unido defende boicote à Copa do Mundo

O governo do Reino Unido disse que a Europa deve considerar um boicote às futuras Copas do Mundo, caso Joseph Blatter não renuncie à presidência da Fifa após o escândalo de corrupção na entidade, enquanto as autoridades suíças negaram que pretendem interrogar o recém-reeleito presidente .

John Whittingdale, ministro britânico de Cultura e Esportes, renovou apelos para que Blatter renunciasse no domingo (30), dizendo que todas as opções devem ser consideradas para pressioná-lo a renunciar, inclusive um boicote à Copa, algo que poderá dividir o esporte e ser calamitoso para o torneio.

Blatter, de 79 anos, foi reeleito sexta-feira (28) para cumprir seu quinto mandato como presidente da Fifa. Dois dias antes da eleição, o Departamento de Justiça dos EUA acusou nove autoridades do futebol por corrupção. Sete dirigentes, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin, foram presos.

Blatter minimizou o impacto do escândalo. Perguntado sobre como havia lidado com as críticas nos últimos dias, ele disse ao jornal suíço Sonntagsblick: “Deixe-me colocar isso dessa forma: Eles não demonstraram o menor respeito por mim.”

O jornal britânico Sunday Times relatou que os promotores suíços pretendem interrogar Blatter, que conduz a instituição há quase 20 anos, como parte de uma investigação criminal sobre os votos para a escolha das Copas do Mundo na Rússia em 2018 e no Catar em 2022.