Depois de ganhar o apoio de jogadores, celebridades e até da presidente Dilma Rousseff, o lateral-direito Daniel Alves admitiu ter ficado surpreso com a forte repercussão do seu ato na partida do Barcelona contra o Villarreal, domingo (27), pelo Campeonato Espanhol.

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O jogador foi alvo de uma manifestação racista por parte da torcida adversária durante o jogo. Uma banana foi atirada aos seus pés quando ele se preparava para bater um escanteio. Sem se abalar com o ato discriminatório, o brasileiro juntou a fruta do chão, comeu um pedaço e fez o cruzamento em direção à área.

"Não sabia que um ato espontâneo geraria tanta repercussão. Fico feliz em poder contribuir nessa luta, estamos no século XXI e essas coisas não deveriam existir mais. Devemos combater com o nosso jeito brasileiro de ser, fazer com que os racistas se sintam envergonhados de certos tipos de atitudes", disse o lateral, em citação publicada pela CBF.

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Nas redes sociais, Daniel Alves mostrou bom humor ao tratar do assunto. "Meu pai sempre me falava: filho come banana que evita cãibra (risos), como adivinharam isso? hahaha ???????? #somosmaisqueisso#ficaadica", brincou o lateral do Barcelona e da seleção brasileira.

Mais cedo ele citou o tópico criado pelo companheiro Neymar ainda na noite passada: #somostodosmacacos. O colega de Daniel Alves no Barcelona postou uma foto em que aparece segurando uma banana. O gesto foi repetido por famosos e outros jogadores nas redes sociais.

"Meu Brasil brasileiro, verde, amarelo, preto, branco e vermelho. Somos um povo alegre com samba no pé, e é com alegria e ousadia que a gente tem que se manifestar. Olha a banana, olha o bananeiro... Sou baiano, sou brasileiro... Estamos mais fortes do que nunca, o sorriso é a nossa proteção, a música é a nossa espada... Nos vemos na Copa... Estamos juntos!! #deusnocomando #somostodosmacacos #danidobrasil #amadajuazeiro", disse Daniel Alves.

Nesta segunda, a CBF manifestou seu apoio ao jogador. "Na primeira rodada do Campeonato Brasileiro deste ano, a CBF promoveu o início da campanha 'Somos Iguais'. Em todos os jogos da abertura da competição, uma faixa foi estendida com o emblema da entidade em preto e branco. Nesta segunda é a vez da CBF se solidarizar com Daniel Alves e ratificar sua posição nesta luta. Cor não faz diferença! Somos iguais!", disse a entidade, em nota.

A manifestação racista também gerou uma resposta por parte de Joseph Blatter, presidente da Fifa. "O que Daniel Alves tolerou na noite passada foi ultrajante. Temos que lutar juntos contra todas as formas de discriminação. Haverá tolerância zero durante a Copa do Mundo", avisou o dirigente, a 45 dias do início do Mundial.

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