O técnico Gilson Kleina pode ser demitido nesta quinta-feira no Palmeiras. Tudo depende de uma conversa entre o presidente Paulo Nobre, o gerente executivo José Carlos Brunoro e o gerente de futebol, Omar Feitosa. Nesta quarta, apenas Feitosa estava com a equipe em Mirassol e claramente pressionado deixou claro que algo pode acontecer. Ao ser perguntado sobre o futuro do treinador, após a vexatória derrota por 6 a 2, limitou-se a dizer que não era hora de tomar decisões, pois elas poderiam ser precipitadas.
Ele elogiou o trabalho de Kleina, mas disse que seria "prematuro falar algo" em relação ao futuro. Feitosa não poderia tomar nenhuma decisão sem consultar Paulo Nobre, que no momento do jogo estava no avião, retornando da viagem feita como chefe da delegação da seleção brasileira nos amistosos contra Itália e Rússia, na Europa.
O fato é que a pressão em cima da diretoria para demitir Gilson Kleina aumenta a cada dia e após a derrota desta quarta, deve se tornar praticamente impossível de aguentar. Até candidatos a ocupar o cargo já são falados. Os dois nomes mais fortes são de Mano Menezes, ex-técnico da seleção brasileira, e de Dorival Júnior, que estava no Flamengo.
Existe a chance da diretoria dar mais um voto de confiança e manter Gilson Kleina no cargo pelo menos até a próxima terça, quando o Palmeiras enfrenta o Tigre pela Copa Libertadores, no Pacaembu. Um resultado negativo nesta partida pode sacramentar a queda.
Nesta quarta, o clima no vestiário era de velório. O treinador garantiu que não iria entregar os pontos, mas que ainda não tinha ouvido da diretoria que estava garantido no cargo. "Não vou desistir jamais. Estamos com vergonha, mas vamos trabalhar. Nunca tinha passado por isso, mas o momento é de ter tranquilidade e levantar a cabeça", disse o treinador com o semblante bastante abatido, lembrando muito a fisionomia da partida contra o Flamengo, no ano passado, no jogo que decretou a queda para a Série B do Campeonato Brasileiro.
Ao ser questionado se ficaria no cargo após a derrota, o treinador mostrou incomodado com a situação. "Não sei e não sou eu que tenho de resolver isso. Todos tem de entender a situação. Não isento minha culpa e a decisão cabe à diretoria. Foi um desastre, uma fatalidade, mas vamos nos reerguer e trabalhar muito".
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