A direção do Cianorte ainda não jogou a toalha e vai tentar mais uma vez incluir o time na disputa da Série D do Campeonato Brasileiro deste ano. Segundo o gerente de futebol do clube, Adir Kist, uma reunião para tratar o assunto foi marcada para a próxima quarta-feira (29) na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro (RJ).
O encontro deve contar com a presença do presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Hélio Cury, e com o diretor de competições da CBF, Virgílio da Costa Neto. Apesar de reconhecer a dificuldade da situação, Kist ressaltou que o time não pretende abrir mão da vaga, que havia sido concedida ano passado pela confederação, mas que acabou sendo cancelada.
"A mudança que a CBF fez arrebentou o Cianorte. Acho que vai ser complicado [reverter a situação], mas vamos brigar", explicou o dirigente, que não descarta acionar a Justiça Desportiva para que o time paranaense tenha o direito de disputar a Série D.
A quarta divisão nacional começa em 2 de junho e tem as finais da competição nos dias 13 e 20 de outubro. Enquanto permanece a indefinição, o Cianorte deu férias para alguns jogadores e oficializou o empréstimo de alguns atletas como Cleiton e Dedoné, que devem disputar a Série D pelo J. Malucelli. Outro que pode deixar o Leão do Vale é o meia Paulinho, que mantém contato com a diretoria do Paraná Clube para defender o tricolor na Série B.
Impasse
O imbróglio ocorreu após uma mudança no formato da Série D. Anunciada no ano passado pela CBF, a medida reduzia o número de participantes de 40 para 32. Na ocasião, a confederação confirmou o Cianorte no torneio por ter sido o quinto colocado da Série D de 2012.
No entanto, a CBF mudou a regra novamente, retornando ao formato anterior, com 40 times. Além dos quatro times rebaixados da Série C, são destinadas duas vagas aos nove estados mais bem posicionados no ranking nacional e uma vaga para cada uma das demais federações estaduais.
Nesta configuração, as vagas paranaenses no torneio pertencem ao Londrina e ao J. Malucelli, que tiveram as melhores campanhas na classificação geral do estadual - sem contar Coritiba, Atlético e Paraná Clube, que disputam as Séries A e B.
Em abril, Kist afirmou que o prejuízo para o clube pode chegar a R$ 3 milhões caso a participação seja indeferida. "Já tínhamos feito o planejamento para o ano inteiro. Fizemos contratos com atletas e patrocinadores. Se não competirmos, teremos que pagar os jogadores do mesmo jeito. Além disso, haverá gastos com as rescisões dos patrocínios. Quem vai pagar tudo isso?", indagou na ocasião.
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