O Santos desperdiçou nesta quarta-feira (10) grande chance de abrir boa vantagem no duelo com o Crac-GO, pela terceira fase da Copa do Brasil. Jogando na Vila Belmiro, o time paulista abriu 1 a 0 no primeiro tempo, mas abusou dos erros na segunda etapa, carimbou a trave duas vezes e acabou cedendo o empate, por 1 a 1 ao rival goiano, que disputa a Série C do Campeonato Brasileiro.
O resultado manteve em aberto a definição da vaga nas oitavas de final. O Crac joga por um empate sem gols na partida da volta, no dia 24, no Estádio Genervino da Fonseca, na cidade goiana de Catalão. Ao Santos interessa a vitória ou uma igualdade por dois ou mais gols. Novo placar de 1 a 1 leva o duelo para os pênaltis.
Antes da partida da volta da terceira fase, o Santos entra em campo no fim de semana para disputar mais uma rodada do Brasileirão. O time enfrentará a Portuguesa, sábado, na Vila Belmiro.
O jogo
Como era de se esperar, o Santos não teve dificuldade para se impor diante do Crac e atuando em seus domínios. Mesmo sem exibir um entrosamento razoável, o jovem grupo santista controlou a partida e pressionou a frágil defesa do time goiano desde o início, em uma finalização perigosa de William José aos 5 minutos. Dentro da área, ele mandou a bola rente ao travessão.
Com visível superioridade, o Santos chegava ao ataque sem fazer muito esforço. Apostava principalmente nas jogadas pela direita, sob a incumbência do lateral Galhardo. E, assim, Montillo desperdiçou boa chance aos 11, em chute da entrada da área. Os bons lances ofensivos se empilhavam, com destaque para finalização de Leandrinho, aos 38.
Ele aproveitou sobra, fora da área, encheu o pé e acertou belo chute no ângulo direito do goleiro Aleks: 1 a 0. O placar, porém poderia ser mais amplo, não fossem os constantes erros nas finalizações. O roteiro se repetiu até o fim do primeiro tempo: o Santos alcançava o ataque com facilidade, cercava a área, mas pecava na pontaria.
Retraído, o Crac só conseguiu ameaçar uma única vez na etapa inicial. Foi aos 20 minutos, quando Pantico arriscou de longe e assustou Aranha. O goleiro precisou dar dois passos para trás para defender chute por cobertura. Com uma espalmada atrapalhada afastou o perigo.
E, aos poucos, o Crac foi perdendo a timidez no segundo tempo. Aos 12, Héber recebeu lançamento e bateu de canhota no pé da trave direita de Aranha. Os goianos, contudo, não ficaram apenas no "susto". Dez minutos depois, Washington cruzou na área e o zagueiro Ben Hur, praticamente sem marcação, escorou de cabeça para empatar a partida.
O gol não causou comoção entre os santistas. Perdidos em campo, os jogadores vacilavam em lances mal trabalhados que invariavelmente desembocavam em investidas até a linha de fundo e cruzamentos na área. Sem sucesso. Aos 36, Cícero variou, em finalização de longe, e acertou o travessão. Bruno Peres repetiu o lance, aos 40.
Nos minutos finais, o Crac partiu para o ataque e quase obteve a virada. Aos 47, Héber apareceu cara a cara com Aranha, mas Bruno Peres neutralizou a jogada. Ao Santos restou um lance duvidoso também nos acréscimos, quando Léo caiu na área e os jogadores pediram pênalti. O árbitro ignorou o lance.
FICHA TÉCNICA:
SANTOS 1 x 1 CRAC-GO
SANTOS - Aranha; Galhardo (Bruno Peres), Gustavo Henrique, Durval e Léo; Arouca (Alan Santos), Cícero, Leandrinho e Montillo; Neilton e Willian José (Giva). Técnico: Claudinei Oliveira (interino).
CRAC-GO - Aleks; Rodnei, Bruno Alves, Ben Hur e Rodrigo Crasso; Coquinho, Washington, Héber, Wanderley (Didi); Johnathan (Diogo Medeiros) e Pantico (Amendoim). Técnico: Marcelo Rocha.
GOLS - Leandrinho, aos 38 minutos do primeiro tempo. Ben Hur, aos 22 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS - Pantico, Washington, Alan Santos, Cícero.
ÁRBITRO - Leandro Júnior Hermes (PR).
RENDA - R$ 108.900,00.
PÚBLICO - 3.800 pagantes.
LOCAL - Estádio da Vila Belmiro, em Santos (SP).