Ricardo Oliveira (à esq.) comemora com Robinho o gol de empate do Santos contra o Corinthians, no Itaquerão.| Foto: Marcos Bezerra/Folhapress

O encontro entre os dois melhores times do Campeonato Paulista terminou empatado por 1 a 1, neste domingo (5), no estádio Itaquerão, em São Paulo, pela 14.ª e penúltima rodada. E foi justo. Se o Corinthians esteve melhor nos primeiros 45 minutos, quem jogou mais na etapa final foi o Santos.

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Restando apenas uma rodada para o fim da primeira fase, o resultado não provocou nenhuma mudança no Estadual. O Corinthians continua com a melhor campanha do campeonato, seguido do Santos (36 a 31 pontos), e a vantagem de sempre decidir em casa no mata-mata se mantiver a liderança na pontuação nos próximos jogos.

Apesar de ter passado apuros no segundo tempo, o Corinthians continua invicto na temporada. Já são 22 jogos sem ser batido. No Itaquerão, a série sem derrotas é de 29 jogos. Mas é o primeiro clássico que o time do Parque São Jorge não vence em sua nova casa.

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Após um início de jogo truncado, no qual as duas equipes não tinham espaço nem para tentar finalizações de longe, o Corinthians assumiu o controle da partida a partir dos 10 minutos. A equipe passou a manter a posse de bola no campo de ataque e as chances de gol começaram a surgir em sequência. Acuado, o Santos contava apenas com a boa atuação do goleiro Vladimir para brecar as investidas dos donos da casa.

A estratégia do técnico santista Marcelo Fernandes, de povoar o meio de campo com Elano no lugar de Geuvânio, não dava certo e o Corinthians tomava conta do jogo. Na base das triangulações que o treinador Tite tanto treina durante a semana, o time da casa fazia os santistas correrem de um lado para o outro sem conseguir roubar a bola.

Aos 14 minutos, o goleiro santista fez a sua primeira boa defesa. Renato Augusto deixou Elano no chão e arriscou de fora da área - Vladimir espalmou para escanteio. Mas foi aos 20 que ele teve o grande momento no clássico. Renato Augusto bateu de fora da área e acertou a trave. No rebote, Guerrero cabeceou e Vladimir conseguiu se recuperar a tempo de desviar para o travessão. A bola voltou para o peruano, que parou mais uma vez em defesa espetacular de Vladimir.

Guerrero desperdiçou outra grande chance nove minutos depois. Renato Augusto desviou de cabeça e a bola sobrou dentro da área limpa para o atacante, que tinha tempo de dominar, mas preferiu bater de primeira e facilitou a vida de Vladimir. Aos 40, novamente pela esquerda, Guerrero parou mais uma vez no goleiro santista.

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De tanto insistir, o gol do Corinthians saiu em uma jogada pelo alto. Aos 41 minutos, Jadson cobrou escanteio e Felipe apareceu livre para desviar de cabeça e abrir o placar.

No segundo tempo, os papéis se inverteram. Quem voltou melhor foi o Santos. O time abandonou a postura defensiva da etapa inicial e passou a jogar mais no ataque. O Corinthians, em contrapartida, afrouxou a marcação e deu campo de jogo ao rival.

Assim, o gol de empate não demorou a sair. Aos 13 minutos, Robinho fez o passe para Chiquinho, que foi à linha de fundo e pegou a defesa corintiana desprevenida para mandar a bola na cabeça de Ricardo Oliveira.

O gol renovou o ânimo do Santos. A equipe não lembrava em nada aquele time apático do primeiro tempo, facilmente dominado pelo Corinthians. O Santos passou a dar as cartas do jogo. Por isso, esteve mais próximo de virar do que de levar o segundo gol, mas o placar não ficou no 1 a 1 até o final.