Os resultados da última rodada da primeira fase do Campeonato Paulista fizeram com que Santos e Palmeiras, fortes candidatos a disputar a semifinal, tivessem que se enfrentar já pelas quartas de final, neste sábado, às 16h15, na Vila Belmiro. Assim, as equipes entram em campo com objetivos bem distintos, mas sabendo que a vitória pode dar um novo rumo às perspectivas das equipes na temporada.
Embora o Santos tenha a vantagem de jogar em casa por ter feito a melhor campanha, ninguém no lado alvinegro admite o favoritismo. Do famoso "clássico não tem favorito" até a falta de entrosamento são alguns dos argumentos usados pelos santistas para tirarem o peso da responsabilidade da vitória.
"É clássico, sem favoritos, e sempre tem a mesma história. É uma conversa que eu ouço há mais de 30 anos no futebol", disse o técnico Muricy Ramalho.
No Palmeiras, o discurso é de superação, já que o time tem duas decisões em pouco mais 72 horas. Na próxima terça-feira, estará no México para enfrentar o Tijuana, pela rodada de ida das oitavas de final da Copa Libertadores. A ideia inicial era dividir as equipes e quem jogasse neste sábado, não estaria em campo na terça. Mas o técnico Gilson Kleina resolveu apostar que dá para suportar os dois jogos com a mesma base.
Em busca de um inédito tetracampeonato paulista - nenhum clube conseguiu tal feito -, o Santos faz de tudo para Neymar estar em campo - se recupera de dores musculares após ter jogado pela seleção brasileira. Se ele não jogar, entra Miralles, que foi bem no treinamento coletivo da semana. Com a ausência de Galhardo (perdeu o irmão em um desastre de carro, no Rio de Janeiro, na última terça), Muricy Ramalho será obrigado a improvisar o volante Alan Santos na posição e perde o apoio ao ataque pelos dois lados do campo porque Léo não tem mais gás para chegar ao ataque e voltar.
No Palmeiras, Gilson Kleina também faz mistério, mas ao contrário de Muricy Ramalho não é por questões médicas, mas sim, técnicas. Presenças certas são apenas o goleiro Bruno, o volante Léo Gago e o atacante Leandro - os dois últimos não podem jogar a Libertadores. Mas preocupado com a falta de entrosamento, o treinador deve abandonar a ideia inicial de mandar um time diferente para campo neste sábado e outro na terça.
"A ideia é manter uma base. Vamos ver como o elenco se comporta porque temos a viagem e muitos problemas de lesões", destacou.
Para conseguir superar o Santos, o técnico vai usar as mesmas armas que fez com que o time se tornasse um exemplo de dedicação. Ele deve congestionar o meio de campo com volantes para dar liberdade aos laterais, principalmente Juninho, que pode aproveitar o fato do volante Alan Santos ser improvisado no setor.
Chegar pelas pontas é uma boa opção para um time que deve ter um atacante dentro da área. Provavelmente Kleber, que não joga desde o dia 20 de março. Caio pode ser a outra opção. Na defesa, a ideia é segurar Márcio Araújo para colar em Neymar ou no seu substituto.
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