O São Paulo criou várias oportunidades, mas amargou um empate em 1 a 1 com o Arsenal de Sarandi, nesta quarta-feira (7), no Pacaembu, pela terceira rodada da fase de grupos da Libertadores. A equipe tricolor colocou três bolas na trave, exigiu pelo menos quatro grandes defesas do goleiro adversário, teve um pênalti em Luis Fabiano não marcado e levou o empate numa marcação polêmica do árbitro, que viu mão de Cortez na área. Jadson, numa bela assistência de Aloísio, fez o gol dos donos da casa.
O resultado complica a situação do São Paulo no Grupo 3 da Libertadores. A equipe paulista tem apenas quatro pontos, contra seis do Atlético-MG e três do The Strongest.
Os dois times voltam a se encontrar na próxima quinta-feira, agora na Argentina. O São Paulo não vai poder contar com Wellington, já suspenso pelo terceiro amarelo, e com Luis Fabiano, que foi reclamar com o árbitro depois do jogo e acabou expulso.
O jogo
O São Paulo começou a partida com apenas uma alteração em relação à equipe que venceu o The Strongest: Fabrício no lugar de Denilson.
Os primeiros minutos, porém, foram ruins para os donos da casa, que chegavam com facilidade à cada vez mais vulnerável zaga tricolor.
Inicialmente a equipe exagerava na tentativa de tabelas, mas foi achando seu jeito de jogar, sempre pelas pontas. Aos 24 minutos, Osvaldo cruzou, Aloísio matou no peito e bateu de bate-pronto. A bola explodiu na trave e impediu um golaço.
As chances foram surgindo com certa naturalidade. Jadson arriscou rasteiro e mandou para fora, tirando tinta da trave, enquanto Osvaldo tentou duas vezes da entrada da área.
O Arsenal apostava num contra-ataque para matar o jogo. A chance foi aos 44 minutos. Furch recebeu nas costas de Douglas, mas mandou por cima, cara a cara com Rogério.
Nos acréscimos do primeiro tempo, o São Paulo abriu o placar. Osvaldo puxou contra-ataque rápido e tocou na direita. Jadson dominou, mas Aloísio, mais rápido, pegou a bola dele. Foi até a linha de fundo e deu lindo toque de calcanhar. O meia dominou e bateu forte, no alto, sem nenhuma chance de defesa para o goleiro.
Mal começou o segundo tempo, porém, e o São Paulo levou o empate. Cortez interceptou com o braço um cruzamento pela direita do ataque argentino e o árbitro viu falta, o que causou revolta dos são-paulinos. Benedetto, atacante que havia entrado no intervalo, bateu muito bem e deixou tudo igual.
Ney Franco agiu rápido e trocou Fabrício por Ganso. O São Paulo, no entanto, só voltou a dominar o meio-campo - e o jogo - quando Maicon entrou no lugar de Aloísio. Foi tocando a bola que a equipe passou a criar chances. Numa delas, Jadson e Ganso tabelaram, Jadson saiu na cara do goleiro, mas teve o chute travado. Em outra, o meia arriscou de longe e carimbou a trave pela terceira vez.
Luis Fabiano, apesar da partida apagada, sofreu um pênalti claro na área, sendo empurrado pelo marcador, mas o árbitro Wilmar Roldan nada deu.
As chances continuaram surgindo e exigindo defesas difíceis de Campestrini, como num chute cruzado de Osvaldo e numa batida de falta de Rogério Ceni. Mas a noite era mais do goleiro argentino do que do ataque tricolor.
FICHA TÉCNICA:
SÃO PAULO 1 X 1 ARSENAL DE SARANDI
SÃO PAULO - Rogério Ceni; Douglas, Lúcio, Rafael Tolói e Cortez; Fabrício (Paulo Henrique Ganso), Wellington (Cañete) e Jadson; Osvaldo, Aloísio (Maicon) e Luis Fabiano. Técnico - Ney Franco.
ARSENAL DE SARANDI - Campestrini; Gerlo, Cuesta e Braghieri; Perez (Ortiz), Lopez, Marcone, Lugüercio (Benedetto), Carbonero e Rolle (Torres); Furch. Técnico - Gustavo Alfaro.
GOLS - Jadson, aos 47 minutos do primeiro tempo; Benedetto, de pênalti, aos 3 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO - Wilmar Roldan (Colômbia).
CARTÕES AMARELOS - Osvaldo, Rafael Tolói, Fabrício, Wellington, Carbonero, Benedetto, Rolle, Campestrini e Perez.
RENDA - R$ 1.192.655,00.
PÚBLICO - 25.814 pagantes.
LOCAL - Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP).
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