A força da torcida fez o São Paulo dominar o atual campeão da Copa Libertadores no estádio do Morumbi nesta quarta-feira. O River Plate ouviu “olé” e perdeu por 2 a 1 em atuação que faz o time paulista ganhar uma grande confiança e depender apenas de um empate na última rodada para se classificar.
Na próxima semana, em La Paz, o São Paulo precisa somente não perder para o The Strongest. Se mantiver a determinação demonstrada no Morumbi, é favorito a voltar da altitude boliviana classificado às oitavas de final.
A presença do maior público do futebol brasileiro no ano – 51,3 mil pagantes – fez o São Paulo resgatar a ligação que tem com a Libertadores. O clube brasileiro com mais participações (18) e três vezes campeão voltou a ver o Morumbi lotado para manter o ótimo retrospecto no estádio pela competição. Foi a 62.ª vitória em 80 partidas.
O público no Morumbi acompanhou o ritmo do time no grito. Vaiou quando o River Plate tocava a bola – principalmente com D’Alessandro –, demonstrou euforia nos avanços do São Paulo e vibração nos carrinhos ou até jogadas mais duras.
O gol só veio aos 28 minutos. Bruno cruzou e Calleri aproveitou para dominar e chutar de voleio. O argentino descontou na bola a raiva de quem carrega a rivalidade de ser ex-jogador e torcedor do Boca Juniors. As mãos do goleiro Barovero não tiveram força para espalmar.
A vantagem era mais na base do ânimo do que na qualidade técnica. O começo do segundo tempo comprovou essa análise, pois o River Plate adiantou a marcação e passou a levar perigo. O atual campeão demonstrou maturidade para controlar o jogo e, assim, esfriar o ambiente.
A superioridade do River Plate foi derrubada logo. O acuado São Paulo achou uma falta, a bola encontrou a cabeça de Calleri e foi parar no fundo do gol. O atacante se isolou na artilheira da Libertadores, com sete gols.
Era 14 minutos e depois o River Plate demonstrou sentir a pressão. Os jogadores se irritaram e após confusão, Vangioni acabou expulso. Foi a senha para a torcida comemorar e até gritar “olé”. A euforia contagiou erroneamente o time, que se acomodou. O clube argentino conseguiu descontar com Alonso em uma falha de Denis.
FICHA TÉCNICA:
SÃO PAULO 2 x 1 RIVER PLATE
SÃO PAULO - Denis; Bruno, Maicon, Rodrigo Caio e Mena; Hudson e João Schmidt; Michel Bastos (Centurión), Paulo Henrique Ganso e Kelvin (Thiago Mendes); Calleri (Alan Kardec). Técnico: Edgardo Bauza.
RIVER PLATE - Barovero; Mercado, Casco, Balanta e Vangioni; Mayada, Domingo, Fernández (Bertolo) e D’Alessandro (Lucho González); Mora e Alario (Iván Alonso). Técnico: Marcelo Gallardo.
GOLS - Calleri, aos 28 minutos do primeiro tempo; Calleri, aos 14, e Alonso, aos 38 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS - Calleri (São Paulo); Mercado e Domingo (River Plate).
CARTÕES VERMELHOS - João Schmidt (São Paulo); Vangioni (River Plate).
ÁRBITRO - Andrés Cunha (Fifa/Uruguai).
RENDA - R$ 2.550.465,00.
PÚBLICO - 51.342 pagantes.
LOCAL - Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP).
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