São Paulo espera encerrar jejum de títulos de quatro anos

No último dia 7, o São Paulo completou quatro anos sem conquistar um título – o último foi o Brasileiro de 2008, que encerrou um ciclo vencedor que ainda teve outros dois do Nacional, o Paulista, a Libertadores e o Mundial de Clubes. Após uma série de turbulências, reformulações, trocas de técnico e muito sofrimento, a equipe está a uma vitória simples contra o argentino Tigre, nesta quarta-feira (12), às 21h50, no Morumbi, para conquistar a Copa Sul-Americana e pôr um final neste jejum.

Os ingredientes para uma noite de gala são todos conhecidos: decisão contra um rival argentino, estádio lotado, temperatura agradável e a possibilidade de dar adeus a um jovem ídolo que ganhou os torcedores em apenas dois anos: Lucas fará seu último jogo pelo clube antes de se transferir para o Paris Saint-Germain, em janeiro.

Emocionado com a despedida, o jogador chorou ontem durante a entrevista coletiva, quando foi alvo de um banho de isotônico dos companheiros. A festa só não será completa porque Luís Fabiano foi expulso no empate em Buenos Aires e dará lugar a Wil­­lian José.

Se o confronto na Argen­­tina escancarou a enorme diferença técnica entre os dois times, o sinal de alerta ficou mais aceso. A exemplo do que ocorreu contra Universidad Católica e, especialmente, LDU de Loja, a equipe não conseguiu criar alternativas para romper a forte marcação e teve pouquíssimas chances de gol. E a expectativa é de que o cenário se repita. O técnico Néstor Gorosito deve apostar suas fichas no congestionamento do meio de campo e tentar surpreender os donos da casa nas jogadas de bola aérea.

"A responsabilidade é toda nossa, temos de usar todas as armas para fazer isso [ser campeão]. Mas precisamos ficar atentos porque temos muitos exemplos de times tecnicamente inferiores que foram campeões. Eu mesmo vivi isso em 2005, quando fui campeão mineiro com o Ipatinga contra o Cruzeiro no Mineirão com 70 mil pessoas", alertou Ney Franco, técnico são-paulino.

Qualquer empate leva o jogo para a prorrogação e, depois, aos pênaltis.